terça-feira, 16 de novembro de 2010

Equilibro [O sol da meia noite] - cap. 13

Como eu baixo a velocidade no caminho sinuoso eu sabia o que se estabelece à minha frente. A minha casa. Assim como a floresta mais fina eu sabia que tinha de enfrentar. A minha família. Eu tenho a certeza que Rosalie tinha informado o resto deles na sua própria historia com palavras coloridas, das minhas recentes revelações sobre a rapariga humana. A rapariga humana que ela poderá não vir a ser. A rapariga humana que tem sido materializada para fora do meu próprio inferno pessoal. A rapariga humana que é a minha punição por ser um monstro. A rapariga humana que é inconfundível pelo seu perfume que ainda hesita comigo. A rapariga humana ... Bella, quem na verdade aceitou o demónio junto dela durante o dia inteiro. Bella quem tocou e não se arrependeu das minhas mãos geladas. Bella ...

Assim que estacionei na garagem eu olhei de relance para o carro vermelho ao pé de mim. Qualquer felicidade deste dia tinha desaparecido. Eu tinha-a deixado a porta de Bella conforme conduzi para longe apenas por um tempo. Na esperança dela ficar segura e dar-me as boas-vindas do modo que ela deu-me hoje.

NÃO! Eu rosnei para mim. Não. Eu espero que ela não me dê as boas-vindas em sua casa. Para a seu próprio bem. Ela merece melhor.

Eu tranquei o carro e somente pensei que todos, excepto Alice, estavam a minha espera. Seus pensamentos alcançaram-me antes de eu chegar a porta. O mais alto foi a sequencia de blasfémias vindas da Rosalie. Seguido do riso tranquilo de Jasper. O meu pai tinha um confuso sentido de alivio nos olhos mas os seus pensamentos revelavam preocupação.

Eu reflecti pensamentos deles. Sobre a minha sanidade mental. Talvez o Emmett esteja certo. Eu penso que talvez estou a perde-la.

Esme parecia que tinha lágrimas de alegria, se ela pudesse tê-las. Os pensamentos dela soavam como um sussurro de uma canção. Uma dança de felicidade e as únicas palaras que consegui captar foram: "Ela é especial, filho".

"Oh bolas, vulgar" Emmett aumentou repentinamente o pensamento, para a próxima televisão antes silibando silenciosamente;
- Tu é que começas-te com isto, por isso lidas agora tu com a Rose.

- Precisas de falar, Edward?; Carlishe perguntou-me num tom que normalmente é usado em pessoas que perderem recentemente a cabeça. Fintei-o inexpressivamente, ignorando o olhar penetrante de Rosalie, a tentar que eu me concentrasse na sua mente. Os mesmos que ele teve na noite, eu o tirei de volta a Port Angeles para lhe mostrar aqueles ... Eu sentia a raiva infiltrar-se dentro de mim ... Aquelas bestas. A minha fúria percorria os meus braços ate ás minhas mãos. Apertei firmemente os punhos, para a impedir de ir mais além. Causando mais algum dano. Apenas justificando o facto que eu não era suficientemente bom para ela.

Tentei ver através da neblina e escutar novamente os pensamentos de Carlishe.

"Edward, ela é especial. Esme também pensa assim. Olha o efeito que ela tem sobre ti", Eu desapertei ligeiramente os punhos. "A mudança que nós todos vemos em ti é absoluta como do dia para a noite. Virar as costas ao que esta a acontecer, agora, só impediria tudo o que és e tudo o que tens trabalhado, filho". Inesperadamente perdi a concentração pelos seus pensamentos e fui embater na mente de Rose. A minha fúria tinha diminuído, ainda que não completamente e ela só fez com que a fúria voltasse em força dentro de mim. Eu rosnei-lhe para as palavras não ditas e o seu sorriso presunçoso e disse-me que era esta a reacção que ela queria provocar em mim, pelos seus doentios pensamentos.
Pensamentos de levar uma vida pura, inocente da rapariga que é apenas perigosa para ela própria.

- Tão típico Rose. Tu deves ...

As minhas palavras ficaram frustradas enquanto eu caia de joelhos e gritava.

- Não! Não. Não, Bella, Não!

O sangue embebeu a sua roupa, enquanto ela permanecia quieta, agora num corpo frio inanimado. Continuando branco. Eu não conseguia parar de olhar. Tapei os olhos com as minhas mãos mas aquela visão ainda estava atormentava e eu soltei mais um grito de agonia da minha boca. A dor era insuportável. Como se o meu coração estivesse a tentar rasgar o meu peito. Como se ele ganhasse vida e começasse a bater apenas só para o sentir desfazer-se dentro de mim. O sofrimento era quase demasiado ... Mais um grito largado da minha boca assim que vi ela ao meu lado. Mãos e lábios ensanguentados. Um sorriso na face do meu mostro.

- Para com isso, Rose; eu ouvi a Alice dizer num tom final.
- Patético; Rosalie respondeu e visões cessaram, ouvi as pegadas dela à medida que saia pela porta. Levantei-me num movimento rápido, flexível e antes de poder segui-la eu senti a mão pesada de Emmett no meu ombro.

- Acalma-te, puto; a voz dele soou baixa e determina. - Eu vou falar com ela.
- Eu não ia falar com ela; sussurrei-lhe.

Alice agora estava ao lado do Emmett e ela lançou-lhe um olhar indiferente. Escarneci para ela mas Emmett já seguia as pegadas de Rosalie, para lá da porta sem me dar uma resposta. Alice virou lentamente o olhar para mim.
- Eu não preciso de adivinhar no que ela estava a pensar; ela sussurrou-me - Mas Edward se tu poderias ...

- Agora não, Alice; eu desprezei-a brutalmente ainda tentava controlar a minha raiva. Voltei o meu calcanhar e lancei-me em direcção às escadas, dei a Carlisle e Esme, um pequeno olhar despedaçado. Dentro de um secundo, eu já estava dentro do meu quarto, ouvir a porta a fechar atrás de mim assim que me dirigi para enorme janela. Eu tentei bloquear todos os pensamentos mas em vez disso eu fui saudado por um intruso desconhecido.
Quase provei o seu sangue, ela enviou o carmim que flui dentro dela, o bruto sussurro vindo de dentro. Neste momento, a minha garganta estava em chamas, eu fechei os olhos, imaginando, agradecer ao veneno que começava a preencher a minha boca.

Eu abri de novo os olhos e apercebi-me que no meu bolso estava a tampa da garrafa conforme eu lhe toquei, eu senti o fogo ir e vir, onde ela tinha tocado na minha mão. Um fogo que eu posso suportar. O calor continua inalterado.

Sem um pensamento de segundos, fui ligar o meu sistema de música, na esperança de drenar os pensamentos sangrentos completamente. Enquanto a musica encheu o quarto eu comecei a cantarolar fora da sintonia. Não, não é fora da sintonia ... A sossegada canção de embalar da linda rapariga a dormir , inundou a minha cabeça com musica.

Não muito longe de a ver novamente. Naturalmente ela não podia saber disto. Eu conseguia imaginar dela se ela descobrisse que eu ando a vê-la a dormir. Ela provavelmente sairia correndo e deixava Forks para sempre. Uma parte de mim esperava isso. Para o seu próprio bem. Apenas para o seu próprio bem.

Houve uma leve batida na porta e antes que eu pudesse dizer-lhe para ir embora Alice entrou. Voltei-me para olhar ela, deslizando a pequena tampa de volta ao bolso.

- Vais vê-la hoje à noite, não vais?; ela disse sombriamente.

Suspirei - O que é que queres, Alice?

Ela sorriu para a minha tentativa fracassada de a afastar.
- Bem ... ; ela começou a andar na minha direcção.

- Eu penso que é bastante injusto que tu continues a guardar a minha futura melhor amiga só para ti; ela lamentou-se.

Eu revirei os olhos e voltei-me para olhar o lado de fora da janela.
- O teu futuro é cada vez mais sólido, Edward; fez uma pausa e continuou - Cada vez que eu tenho uma visão da Bella Swan ser magoada, aquela imagem enublada é rapidamente substituída por uma mais sólida de ela com ... contigo. Sempre contigo.

"Claro, ela estaria comigo. Eu sou o seu protector. Por agora. Por enquanto é justificável", assim eu pensava.

Ou até ela corra de mim, a gritar vai ela, eu pensei menos confiante.

- Alice, o que é que queres?; repeti-lhe a questão, por falta de novas palavras.
- Por agora, nada; ela começou em um tom brincalhão - Eu consigo ver que ainda não estas pronto para isso, ainda; depois a voz dela tornou-se seria - Mas, quanto mais tentas e corres dela, pior consegues. Por isso porque não paras, Edward. Para e aceita ...

- ... Que eu possa matá-la um dia; acabei a frase dela.

- Não!; ela disse num tom mais alto e sarcástico modo.

Eu vi os olhos dela estreitos no reflexo da janela e deixei descair a minha cabeça. Ela estava ao pé de mim, agora.

- Tu não vais faze-lo. E tu sabes-o. Tu já o terias feito se fosse esse o caso, Edward. E eu ia dizer, de modo que tu precisas de aceita-la como parte da tua vida agora.

Eu não tinha palavras para lhe responder.

- E minha; ela acrescentou calmamente.

- Tenho de ir; disse-lhe apressadamente. Eu nem ia esperar pela resposta dela, corri para fora de casa. Atravessava a floresta o mais rápido que podia. Estava a meio do caminho da casa dela quando eu percebi toda a ironia. Eu deveria estar a fugir da Bella Swan. Não a ir na direcção dela. Correndo para bem longe dela. Deixa-la viver a vida que ela valia. Não alterando o seu destino. É como se eu não tivesse controlo de mim. Certo e errado. É tudo caótico. Completamente complicado um com o outro. Apenas como Bella e eu. Dois opostos que estavam juntos. Ela estava certa, bela e pura. Eu estava errado, monstruoso e viciado.

Eu parei os meus pensamentos em frente da casa dela. A minha mente dizia ao meu corpo que cada passo que dava, estava errado, que eu deveria voltar a trás. Mas aquela voz chamava-me para mais perto, tenho de ir ao quarto dela. Calmamente deslizei pela janela e ela, como se soubesse, deu-me uma saudação de chamar levemente o meu nome. Toda a minha felicidade estava de volta. Ela comprou-a dentro dela. Estava presente aqui no quarto dela.

Eu fiquei quieto enquanto esperava por ela dizer o meu nome, vezes e vezes sem conta. Sentia-me como se estivesse em casa.

Isto é errado. Mal. Rosnei.

Eu esperei outro momento antes de a ouvir respirar. Agora relaxado, eu estav em conflito entre ir em direcção dela ou ir para o meu lugar habitual, na cadeira de baloiço.

Não cometerei mais erros, lembrei-me.

A cadeira de baloiço ganhou o conflito. Conforme me sentei, senti o seu perfume em meu redor. Invasão de novo no meu corpo. Mas o odor foi ficando mais fácil, até o mostro já estava tranquilo. Eu queria ir ao pé dela e acariciar-lhe a bochecha. Apenas para sentir o macio da pele quente pela última vez.

E logo novamente pela última vez. E novamente ... Eu senti-me fraco e ganancioso quando cheguei perto dela. Eu só queria mais e eu sabia que não podia ... Não podia controlar-me.

Antes que eu pudesse, eu caminhava para a cama, lentamente e estava no ponto de alcance para acariciar a face dela, quando ela se agitou de novo. Desta vez muito mais do que o habitual.

Ela está acorda!

Lancei-me para o chão e permaneci quieto.

Oh não! Eu acordei-a? Não apenas interferia na vida diária com agora interrompia o sono dela. Sim, eu fui ganancioso.

Estás feliz agora? Pensei para mim furiosamente.

Bella sentou-se em cima da cama e esfregou os olhos. Eu tentei deslizar para debaixo da cama, discretamente, no caso de ela sair. Naquele precioso momento lembrei-me do que a Rosalie tinha dito "Patético".

Isto realmente era patético. Eu nem devia estar aqui.

Eu ouvi-a desistir, caiu de novo na cama e eu muito rapidamente e silenciosamente fui até à sombra mais próxima ao canto do quarto. Eu devia ter ido embora pela janela. Mas por alguma razão lógica eu queria ficar. Bella poderia acordar e ver-me aqui e eu nem estava pensando em deixa-la tão cedo.

Abalei a minha cabeça. Eu pensei que ela precisava de ser internada?

Ela agitou-se novamente em volta da cama. Ela realmente não estava nada pacifica esta noite. Eu queria tanto ficar junto dela. Abraça-la. Tranquilizar qualquer agitação que não a permitia dormir. Mas eu provavelmente só faria pior. Transformar seus sonhos em mim, para pesadelos.

Conforme deve ser. Um monstro como eu não tem lugar em sonhos de criação de um anjo. Eu tinha de deixar o quarto dela, neste preciso momento. Visionei a janela.

- Edward?; ela disse num tom interrogativo. Eu congelei. Será que ela realmente viu-me? Eu sou assim tão descuidado? Ela sussurrou de novo o meu nome e lançou o braço por cima do cobertor e rodeou-se dele com um pequeno sorriso na cara.

Eu estava desfeito.

Dorme minha querida Bella. Dormir. Eu pensei. E deixei as minha costas deslizarem de novo para o lugar em que estava e fiz planos de a ver dormir até o sol me perturbasse.

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