terça-feira, 16 de novembro de 2010

Confissões [O sol da meia noite] - cap.17

Os olhos de Bella já não vacilavam em mim no momento em que deitei-me na relva macia, contemplava as árvores altas à volta do campo. Assim que ela se sentou, as suas mãos apertarem as pernas ao pé do seu peito, fechei os olhos. Eu não esperava uma reacção tão calma. Ou tão tranquila. Isto não é uma coisa boa, tentei convencer-me, mas a emoção que senti foi de alegria.

A minha pele ao sol, não era algo que qualquer pessoa poderia ver na sua vida e se por acaso alguém visse, seria a última coisa que via.

Ao sol, o mármore fora transformado em diamantes da mais alta qualidade. Com a minha camisola aberta mostrei cada faceta cintilante em que o sol acertava e fazia reflexo, pareciam pequenos arco-íris em que brilhavam em todos os sentidos.

Uma brisa doce e suave passou pelos fios de cabelo da Bella e o seu odor veio até mim, vez e vez sem conta. Eu mantive-me imóvel e permaneci com os olhos fechados.

Se eu antes era uma escultura, agora excepto o movimento que fiz para abrir os olhos para olhar para a Bella enquanto ela lentamente estendeu a mão para acariciar a palma da minha mão apenas com um dedo. Nesse mesmo instante, o fogo começou na minha mão e estava a subir para o braço. Apenas com um quente e suave toque, ela incendiou-me.

Os olhos dela encontraram os meus assim que os abri, forcei um leve sorriso para encobrir a ansiedade na minha pergunta.

- Não estás assustada ?

- Não mais do que o habitual. Com esta resposta retribui um enorme sorriso e Bella aproximou-se mais de mim. Fechei de novo os olhos e senti a mão dela a tremer assim que percorria o meu antebraço, com as pontas dos dedos. Eu perguntava-me se seria por eu ser tão frio para a pele dela ou porque ela era sagrada. Mas nenhuma das opções era do meu agrado.

- Importas-te ? Ela perguntou-me calmamente.

Importo-me ? Porque é que me deveria importar ? Para mim, isto era magnífico, o toque de outro ser tão quente, o dela, que era fora deste mundo. Bem fora do meu mundo, pelo menos.

- Não, tu não consegues imaginar o quanto isso me faz sentir bem. Ela estava apenas curiosa pela textura externa da minha pele ou ela realmente gostava de lhe tocar ?
Suspirei.

O que ela tinha em mente era explorar o meu braço, com a outra mão, perseguiu a minha. Senti uma pausa em que ela alcançava os meus dedos, sacudi a mão e olhei rapidamente, tão rápido para o olho humano. Eu nunca podia saber como ela reagia.

- Desculpa-me. É demasiado fácil ser eu próprio contigo. Disse-lhe suavemente.

Ela ainda estava a examinar a minha mão. Abri os olhos para olha-la com curiosidade que ela se aproximava da minha cara, conseguia sentir a respiração dela na minha pele.

As minhas mãos lançaram pequenos arco-íris pela cara dela. Ela ficou tão brilhante.

- Diz-me o que estás a pensar. A mente silenciosa dela, surpreendia-me sempre. - É ainda estranho para mim, não saber.

- Tu sabes o que o resto das pessoas sentem o tempo todo. Ela provocou-me.

O resto das pessoas ? Ela empurrou-me para fora do círculo da normalidade, só com uma frase. Isto fez-me sentir ... Bem, nem sei qual era a sensação. Mas agradável, não era.

- É uma vida dura. Continuei. - Mas ainda não dizes-te.

- Eu estava apenas a desejar saber o que tu estavas a pensar... Perguntou cansada.

- E ?

- Eu desejava acreditar que tu és real e queria que não tivesse medo.

- Eu não quero que tenhas medo. Conforme disse tais palavras, percebi o quanto elas eram verdadeiras. A dor que o odor de Bella causou seria insignificante comparado com o que sentiria se alguma vez magoasse esta frágil rapariga. Eu sabia que essa dor seria mil vezes pior do que eu suporto diariamente.

- Bem, não é exactamente o medo que quis dizer, pensei que era certamente alguma coisa que preocupasse.

O que ela disse, surpreendeu-me. Tanto que eu meio que sentei-me e encontrei a cara dela mais perto do que esperava. Mas ela não recuou. Os meus olhos fechados em frente aos dela, com um forte odor, mais do que nunca e esta proximidade. - Do que tens medo, então ? Pressionei.

Mas em vez de responder-me ela aproximou-se mais ainda. A cara dela quase que tocava na minha e a sua respiração deixa-me completamente insano. Assim que ela inalou, retirei a minha mão da dela num piscar de um olho humano, eu fiquei de pé, nas sombras, na borda do prado. Bella concentrou-se em mim com o choque estampado na cara.
Pensei ver o vislumbre de uma outra emoção. Dor ? Não .. Dor. Eu tinha magoado os sentimentos dela, antes de sequer fazer qualquer coisa.

- Eu .. peço .. desculpa .. Edward. Ela sussurrou calmamente.

- Dá-me um momento. Eu disse de volta, alto o suficiente para que ela ouvisse.

Fiquei a olha-la de uma certa distancia. Esta distancia .. era o que eu deveria ter mantido entre ela desde o inicio. Isto era quase a distancia "segura" entre nos. Não. Não há nenhuma distancia segura para ela.

Mantive os meus olhos na cara dela, com cuidado para não voltar a alarma-la de novo. Comecei a andar lentamente para trás. Não permiti chegar tão perto dela como da a pouco o tinha feito, não tão cedo. Por isso parei e sentei-me na relva. O odor dela encontrou-me novamente, já contava com isso. Inspirei profundamente, algumas vezes e dei as boas vindas ao ardor que provocava.

Sorri o meu sorriso mais humano e disse. - Sinto muito, desculpa-me.

Havia alguma maneira normal de pedir desculpa por ser um vampiro ?

Ouvia o coração dela a bater mais, altíssimo e o sangue a percorrer as veias com pressa. Esta reacção já era familiar. Esta emoção, eu conhecia. Medo. Medo passou pela cara de Bella.

Embora eu continuasse a sorrir, ela começou a sentir-se mais melancólica agora. Esta era a chance que tu querias. Agarra-a. Faz agora. Fá-la fugir de ti.

- Eu sou o predador mais perigoso do mundo. Tudo em mim serve para atrair; a minha voz, a minha cara, até o meu cheiro. Como se eu precisasse disto!

Saltei arrogantemente e corri para onde ela não me pudesse ver. Dentro de meio segundo deixei um rastro de vento atrás de mim, percorri o prado inteiro duas vezes e afastei-me da minha distância "segura" sobre as sombras de uma árvore de abeto.

Ela precisa de saber o que é que eu sou.

- Como se pudesses apanhar-me. Um riso hostil rasgou da minha garganta assim que arranquei um ramo grosso de uma árvore. Exibi-o, permaneceu na minha mão por um momento, antes de lança-lo tão rápido, que tenho a certeza que Bella nem o viu voar, apenas ouviu o barulho que fez quando se partiu em choque com outra árvore. Ela estremeceu com o barulho.

Após o barulho desvanecer, eu já estava ao pé dela, a pouca distância.

- Como se pudesses vencer-me. Disse mais calmamente. Isso pareceu trazer-lhe mais medo. As mãos dela tremiam um pouco.

Bella não se mexeu, mas a cor dela desapareceu e os seus olhos eram incapazes de ver o meu olhar hostil. Já fizes-te. Agora, vai-te embora. Abandona-a aqui. Mostra-lhe o monstro que és.

Eu já não conseguia mexer-me e a cada segundo que passava, eu percebi que era eu que não conseguia encontrar tirar o meu olhar dela.

A melancolia triste girava em minha volta. Falei de novo, muito mais suavemente. - Não tenhas medo. Eu prometo ... Isso não era o suficiente para ela ou para mim, neste ponto. Sentei-me, as nossas caras estavam separadas por menos de um palmo.

- Por favor, perdoa-me. Estas palavras soaram de uma maneira final, ligeiramente ensaiado até. - Eu consigo controlar-me. Tu apenas apanhaste-me desprevenido. Mas agora, estou bem comportado.

O coração de Bella permaneceu no mesmo tom. Tinha que esforçar-me mais para coloca-la de novo à vontade. Eu queria que ela voltasse a estar de novo à vontade ?

- Não estou com sede hoje, honestamente. Menti um pouco e pisquei o olho para acrescentar efeito à minha tentativa falhada de humor.

Ela expirou e começou a rir espantada.

- Estás bem ? Perguntei calorosamente conforme colocava a minha mão de volta, onde a tinha tido antes.

Ela não respondia, entretanto olhou para baixo, para a minha mão na dela e depois para os meus olhos. Deve ter visto alguma coisa neles que ajudou a relaxar, as batidas do seu coração, tornaram-se mais tranquilas e ela começou a passar os dedos quentes pela minha mão fria.

Quando ela olhou novamente para mim, respondeu às minhas preocupações com um sorriso doce e eu devolvi-lhe um sorriso aberto.

- Então, onde é que nós estávamos, antes do meu rude comportamento.

- Honestamente, já nem me lembro. Ela finalmente falou.

- Eu penso que nós estávamos a falar sobre o porquê de estares assustada. De volta a este assunto, senti-me um pouco culpado. - Isto é, além da razão óbvia.

- Oh, certo.

- Bem ? Pressionei.

Ela não respondeu. Em vez disso, o foco dela estava ainda na minha mão enquanto ela estava perdida nos seus pensamentos privados. Oh isto ia-me deixar-me louco até ao final do dia. Odiei não saber o que passava pela mente dela.

- Como fico facilmente frustrado. Suspirei e Bella olhou para cima e o quer que fosse que ela encontrou na minha cara, acalmou-a.

- Eu estava assustada porque, bem, para além das razões óbvias eu não posso ficar contigo. Ela olhou para baixo, para as minha mãos, parecendo um pouco embaraçada e continuou. - E temo que gostaria de ficar contigo, mais do que deveria.

Ah. Pensei. Percebi tudo muito bem, o que ela quis dizer. Sentia-me igual. Pois, queria-a quando não o deveria fazer.

- Sim. Começei calmamente. - Isso é algo para se temer, de facto. Quereres estar comigo. Isso realmente não é uma coisa boa.

A sobrancelha de Bella começou a reagir às minhas palavras.

- Eu sei, eu já deveria ter partido há muito tempo. Suspirei mas continuei a dizer a verdade, como sempre o fazia na presença dela. - Eu devia ir agora embora ... Mas não sei se consigo.

- Eu não quero que vás. Ela disse quase incompreensível, o calor da cara dela voltou.

- Que é exactamente o porque que deveria ir. Mas não te preocupes. Sou essencialmente uma criatura egoísta. Gosto demasiado da tua companhia para fazer o que deveria.

- Fico contente por isso. Disse-me ela e fiquei um pouco frustrado com tais palavras.

Gentilmente esta vez, tirei a minha mão da dela. - Não fiques! Tive de dize-lo sem rodeios para ela perceber. Tirei o olhar da cara dela e olhei para a floresta, para que não vacilasse quando voltasse a falar. - Não é apenas a tua companhia que gosto! Nunca te esqueças disso. Nunca te esqueças que eu sou mais perigoso para ti, mais do que para qualquer outro ser humano.

Ela fez silêncio por um momento. Estaria agora com medo?

- Eu acho que não percebi exactamente o que quiseste dizer; pelo menos até à última parte.

Naturalmente. Confusa. Curiosa. Sempre o mesmo. Eu não sei porquê que mantive expectativas que ela se assustasse. Eu já deveria saber isto, ela está sentada e plenamente consciente e sozinha, numa floresta com um vampiro, vai ser preciso mais do que palavras para explicar. Este pensamento fez-me sorrir e olhei para a cara dela.

- Como posso explicar ? E sem, assustar-te novamente. Hummm ... Mantive os meus olhos na cara dela e a minha mão voltou para a dela e desta vez ela agarrou-a com as duas mãos e apertou-a.

- Isto é surpreendentemente agradável, o calor. Olhei para ambas as mãos.

Tentava pensar na melhor forma para lhe explicar como ela era para mim.

- Tu sabes como todas as pessoas gostam de diferentes sabores ? Isto foi o melhor que consegui pensar, por agora. - Algumas pessoas adoram gelado de chocolate e outras preferem de sabor a morango.

Ela acenou com a cabeça.

- Desculpa, pela analogia dos alimentos. Eu não consegui encontrar outra maneira de explicar.

Ela sorriu e entendeu o que quis dizer. Sorri novamente desculpando-me.

- Tu vez que cada pessoa, tem um cheiro diferente. Uma essência diferente. Se tu trancasses um alcoólatra numa sala cheira de cervejas envelhecidas, ele beberia alegremente. Mas ele pode resistir, se ele o desejar, se ele fosse um alcoólico em recuperação. Agora, se metesses na sala um copo de Brandy com mais de 100 anos, o mais raro e fino conhaque e encher a sala com um aroma quente. Como é que achas que ele ia reagir ? Ela olhou-me nos olhos e eu tentei encontrar uma resposta nos dela. Nada.

- Talvez, esta não foi a melhor comparação. Pensei em voz alta. - Talvez, seria muito fácil resistir ao conhaque. Deveria ter feito o nosso alcoólatra viciado em heroína, em vez do exemplo que dei.

- Então, o que estás a querer dizer é que eu sou a tua marca de heroína ? Bella respondeu num tom de gozo.

Sorri-lhe.

- Sim, é exactamente isso, és a minha marca favorita de heroína.

- Isso acontece-te muitas vezes ? A pergunta dela, foi a que esperava já há algum tempo.

Olhei para as copas das árvores e lembrei da conversa que tive com o Jasper e com o Emmett.

- Falei com os meus irmãos sobre isto. Para o Jasper, cada um de vocês é quase o mesmo. Ele é o membro mais recente que se juntou à família. É uma luta constante para ele se abster-se. Ele ainda não teve tempo para crescer a sensibilidade às diferenças de cheiro, no sabor. Rapidamente olhei para a cara de Bella, para saber se a tinha ofendido de alguma forma.

- Desculpa. Perdoei-me.

- Eu não me importo. Por favor, não te preocupes se me ofendes ou não, ou de assustar-me ou qualquer coisa. Essa é a tua maneira de pensar. Eu consigo perceber, ou pelo menos tentar. Apenas explica-me da maneira que consegues.

Ela parecia demasiado relaxada. Suspirei pesadamente e olhei para longe dela, novamente. Agora, as minhas palavras fluíam mais livres.

- Por isso, Jasper não tem a certeza se já encontrou alguém como.. O que irei dizer ? Qual a melhor descrição sem a ofender ? - Apelativa como tu és para mim. O que faz-me pensar que não. Emmett é o que percebe melhor o que eu sinto. Ele disse-me que já foram duas vezes, uma mais forte que a outra.

- E para ti ? A pergunta dela apanhou desprevenido mas não queria deixar passar.

- Nunca. Respondi simplesmente e o silencio voltou ao de cima.

- O que é que o Emmett fez ? Bella perguntou.

Eu não queria dizer-lhe isto. Ela sabia que nós eram-mos monstros mas ela não precisava de saber o que é que os monstros fazem. Não havia maneira para lhe explicar isto. A minha mão tomou a forma de um punho na dela e recusei-me acabar com o silêncio que reinava.

- Eu acho que sei. Bella disse finalmente.

Depois de alguns segundos, voltei a por a cabeça no lugar e olhei para ela.

- Mesmo os mais forte caiem do pedestal, não é ? Foi o que consegui pensar de momento, para dizer em defesa do Emmett.

- O que estás a perguntar ? A minha permissão ? Bella disse abruptamente. Mas a cara dela imediatamente suavizou e quando voltou a falar a voz já estava mais gentil.
- Quero dizer, já não há nenhuma esperança, não é ?

Era isto que ela pensava ? Que eu estava apenas a guardar o tempo até ao final. Suavizando o golpe para eventualmente mata-la ? Eu não posso deixa-la pensar assim!

- Não, não! Falei mais rápido. - Claro que há esperança! Quero dizer, é claro que eu não iria.. Eu não iria ? Eu estava seguro disso ? Encarei-a e deixei a frase inacabada.
- É diferente para nós. Emmett.. eram estranhos, que aconteceu. Já foi há muito tempo e ele não estava.. praticado, cuidadoso como é agora.

Observei a cara dela numa tentativa de a ler.

- Então, se nós estivéssemos conhecido.. ah, numa rua escura ou algo do género.. Havia uma pergunta na frase. Eu queria ser honesto com ela novamente mas eu não sei se será demasiada informação para ela. Falei descuidado.

- Foi preciso todo o esforço para não saltar no meio da turma cheia de crianças e Eu não seria capaz de dizer-lhe isto. Decidi tomar uma outra direcção. - Quando passas-te por mim, eu poderia ter arruinado tudo o que o Carlisle construiu por nós, bem naquele sitio. Se eu não tivesse negado a minha sede á tantos anos eu provavelmente não conseguiria parar-me. Estava furioso comigo próprio. Eu não queria pensar sobre aquele dia quase sangrento, o que teria perdido no fim do que me tornei há anos. Olhei para ela agora e tentei clarear a minha voz. - Tu deves ter pensado que estava possuído.

- Eu apenas não conseguia entender o porque. Como poderias odiar-me tão depressa.. Interrompia e começei a falar rapidamente de novo. Palavras quase inaudíveis ao ouvido humano.

- Para mim, foi como se fosses algum tipo de demónio, convocado directamente do meu próprio inferno para dar cabo de mim. A fragrância que vinha da tua pele.. Pensei que fazia-me demente no primeiro dia. Naquela uma hora, pensei em vários modos para ficares na sala comigo, sozinha. E lutei contra eles, pensei na minha família, o que lhes faria. Tive de correr, fugir antes que pudesse dizer-te quais queres palavras, que fariam com que seguisses-me..

Olhei-a conforme ela processava tudo o que eu acabara de dizer. Vendo o primeiro dia, através dos meus olhos, Bella tinha ficado um pouco chocada.

- Tu terias vindo. Prometi-lhe.

- Sem duvida. Ela disse a tentar dificilmente esconder o tom de alarme na voz.

Olhei para baixo, para as nossas mãos. Se eu começei, eu posso continuar, pensei severamente. E então, assim que tentei reorganizar o meu horário, numa tentativa de evitar-te, tu estavas lá. Naquela sala fechada, quente e pequena, o odor enlouquecia-me. Eu facilmente fazia lá.. Mas havia outra frágil humana; que eu facilmente trataria dela.

Senti um leve tremor vindo de Bella. O sol estava quente, por isso sabia que não seria dela estar com frio. Sem levantar os olhos, continuei. - Mas eu resisti. Não sei como.
Forcei-me a não esperar por ti, não perseguir-te depois da escola. Era mais fácil quando não conseguia sentir o teu odor, pensar com clareza, tomar a decisão certa. Deixei os outros perto de casa; sentia-me demasiado envergonhado para lhes dizer o quanto fraco eu fui.
O único que sabia que havia alguma coisa de errado, fui logo procurar Carlisle, ao hospital, para dizer-lhe que estava de partida. Lembrei-me da culpa que senti naquele dia e fiz uma careta. - Na manha seguinte, já estava no Alasca. Passei dois dias com alguns velhos amigos.. Mas odeio saber que deixei a Esme em baixo e o resto deles, a minha família adoptiva. No ar puro da montanha era difícil de acreditar que eras tão irresistível. Parei por um pouco, para ver a cara dela. Com os meus olhos abertos ou fechados.
A cara dela, não me abandonou, nem por um segundo. - Convenci-me que era fraco para escapar. Já tinha passado pela tentação antes, não desta magnitude, nem de perto mas eu era forte. Quem tu fosses, uma pequena e insignificante rapariga. Olhei para ela e sorri enviesado, sabia o quanto ela gostava deste sorriso. - Para mudar-me do lugar de onde eu queria estar. Por isso, voltei.. Parei por aqui. Olhei para longe, para a floresta. Esperava uma resposta da parte dela. Mas nada surgia, por isso achei melhor continuar com as explicações.

- Tomei providências, caçei, alimentei-me mais do que o habitual antes de voltar-te a ver. Estava seguro que era suficientemente forte para tratar-te como qualquer outro ser humano. Agora tinha sido um pouco arrogante.

- Era sem dúvida uma complicação, eu simplesmente não conseguia ler os teus pensamentos para saber a tua reacção em relação a mim. Eu não estava habituado a usar medidas indirectas, escutar as tuas palavras através da mente da Jessica.. A mente dela não era nada original e era aborrecido passar pela cabeça dela. E depois não conseguia saber se era mesmo o que tu tinhas dito. Era tudo realmente irritante. Fiz uma pausa e lembrei-me do trabalho de estar na mente cínica da Jessica mais tempo do que geralmente gostava.

- Eu quis que esquecesses o meu comportamento do primeiro dia, se possível, por isso tentei falar contigo como faria com qualquer pessoa. Estava realmente ansioso, esperava decifrar alguns dos teus pensamentos. Mas tu eras bastante interessante, encontrei-me preso às tuas expressões.. E de vez enquanto e agora quando tu mexes no cabelo, com a mão, a essência do teu cheiro volta-me de novo a deixar-me tonto..

- É claro, que quando que foste quase esmagada até à morte, mesmo em frente aos meus olhos. Depois pensei numa perfeita desculpa para a minha reacção daquele momento.
Fiz meia pausa sobre o que ia desvendar e continuei. - Porque se eu não te salvasse, se o teu sangue ficasse derramado na minha frente, eu não penso que poderia parar-me e ia expor quem era. Mas so pensei nessa desculpa depois. Porque naquele momento, só conseguia pensar, "Ela Não!"

Houve silencio agora. Os meus olhos fecharam-se. Foi preciso um longo momento para que a Bella falasse. - E no hospital ?

Levantei os olhos para ela. - Fiquei aterrado. Não podia acreditar que nós tinha posto a todos em perigo, pus-me no poder, de ti e de todos os outros alunos. Como se precisasse de outro motivo para matar-te. Recuei logo, assim que a palavra saiu. Ela fez o mesmo. Continuei urgentemente, na tentativa de atenuar este momento. - Mas teve o efeito oposto, lutei com a Rosalie, Emmett e Jasper quando eles sugeriram que agora era momento de... a pior luta que alguma vez tivemos. Fiz uma careta para as visões de Alice que inundaram a minha mente, mais uma vez. - Esme disse-me para fazer de tudo, para saber se podíamos ficar.

- Durante todo o dia seguinte, eu invadi cada mente das pessoas que tu falas-te e fiquei surpreendido por manteres a palavra. Eu não te compreendia, em nada mas sabia que não podia-me envolver mais contigo. Eu fiz o meu melhor para ficar longe de ti, todos os possíveis. E todos os dias, o perfume da tua pele, a tua respiração, o teu cabelo..
Batia-me tão fortemente como no primeiro dia. Olhei para ela agora com carinho e afecto. - E alem de tudo, se eu nós tivesse exposto, naquele primeiro momento, que agora, aqui sem testemunhas e sem nada para parar-me; podia-te magoar.

- Porque ? Ela perguntou.

Diverti-me de repente com tal pergunta. - Isabella. Disse conforme mexi no cabelo dela e o calor percorreu-me novamente, com o odor que agitou todos os meus sentidos.

- Bella, eu não poderia viver comigo mesmo se alguma dia te magoasse. Não sabes o quanto torturaria-me. Olhei para baixo de novo, sentia-me embaraçado. - O pensamento de ti ainda continua, branco, frio.. Nunca mais voltaria a ver-te corar, nunca mais veria o flash de intuição nos teus olhos quando vês através dos meus olhos.. Seria insuportável. Levantei os olhos até a cara dela e finalmente ganhei força para dizer as palavras que precisava que ela ouvisse. - Tu és a coisa mais importante para mim agora. A coisa mais importante de sempre.

Eu esperei para ela dizer-me o que estava a pensar. O quer que fosse. Se ela escolhia aceitar ou não. Eu precisava saber. Tinha de saber.

- Já sabes como sinto-me.. Estou aqui.. que, rudemente traduzindo, eu prefiro morrer do que estar longe de ti. Ela franziu a teste e manteve o olhar em baixo. - Sou uma idiota. Completou-se.

- Tu és uma idiota. É claro que concordava com ela, sorri enviesadamente à medida que disse tais palavras ela gostou e retribui-o com um sorriso tímido e olhou para mim.
Que situação estranha e completamente errada. Nada poderia ser mais perfeito.

- Então o leão apaixonou-se pela ovelha.. Disse levemente. Ela corou e desviou o olhar.

- Que ovelha tão estúpida. Respondeu-me

- Que leão tão doente e masoquista. Aumentei as etapas da idiotice.

Estava-lhe a dar falsas esperanças ou até mesmo a mim. Eu sabia que não havia maneira possível que pudesse magoa-la. E ela também parecia acreditar nisso. Mas mesmo assim.. Se eu alguma vez cometesse um erro. O preço seria enorme. Não apenas para mim. Mas para a minha família. Embora a minha dor nunca seria...

- Porque.. ? Bella interrompeu os meus pensamentos.

Voltei a sorrir-lhe. - Sim ? Incitei-a a continuar conforme o sol acertava na minha cara.

- Diz-me porque fugis-te de mim antes.

Não era uma pergunta que queria ouvir.

- Tu sabes porque. Respondi-lhe, o meu sorriso desapareceu.

- Não, quer dizer, exactamente o que fiz de mal ? Vou ter que estar em guarda, tu sabes, então é melhor começar a aprender o que não devo fazer. Por exemplo. Ela acariciou a palma da minha mão, com um dedo. - Isto parece não incomodar-te.

Isto fez-me sorrir novamente. - Tu não fizes-te nada de mal, nada de errado Bella. É culpa é minha.

- Mas eu quero ajudar, se eu puder, não tornar as coisas tão difíceis para ti.

Ela estava por um fio, aqui, e ela quer facilitar-me as coisas ? - Bem.. Começei a perguntar como iria formar a próxima frase. - É apenas o quão perto estás de mim. A maior parte dos humanos, instintivamente fogem de nós, repelidos pelo que penso, a nossa forma de extraterrestre, ... E eu não espera que tu aproximasses-te tanto. E o cheiro da tua garganta. Parei abruptamente. Teria falado demais ? Esperei pela reacção dela, como habitualmente. Impossível de saber instantaneamente, como eu conseguiria com o resto das pessoas.

- Ok, então. O tom dela era de desprezo e cortou todos os meus pensamentos rapidamente. - Sem exposição da garganta. Ela terminou e escondeu o pescoço com o queixo.
Isto fez-me rir tanto e respondi. - Não, realmente, isto foi uma surpresa mais do que qualquer outra coisa. Pensei..

Lentamente, levantei a minha mão livre e pousei-a no pescoço dela. A tentar fazer as minhas acções, de palavras de conforto. A pele suave dela, sentia-a tão maravilhosamente quente.

- Perfeitamente normal.

Senti o sangue a correr e uma linda corrida até as bochechas dela. Tornou-se a perfeita junção de cores.

- O rosa nas tuas bochechas é fica tão adorável. Disse calmamente. Sem saber se queria que ela ouvisse. Mas as minhas acções não tinham hesitação e tirei a minha outra mão da dela e segurei-lhe a cara com ambas as mãos.

- Fica muito quieta. Disse-lhe, sem saber como controlar o meu corpo, e nem queria agora, aproximei-me dos olhos dela. Eu queria mais do que tudo tocar-lhe nos lábios com os meus. Mas não estava seguro como e não sabia se era um passo demasiado arriscado. Em vez disso, eu coloquei suavemente a minha cara encostada a garganta dela. A respiração dela estava como era de esperar. Encontrei uma nova espécie de fome, sentia-a agora, assim tão perto de Bella. Uma fome que não sei como lhe chamar. Não tinha a certeza do que isto era e sem pensar deixei as minhas mãos deslizar suavemente pelo pescoço dela, para poder sentir o calor da pele dela durante mais tempo. Bella estremeceu delicadamente e parei de respirar imediatamente. Mas as minhas mãos não param, até descansarem nos seus ombros. O cheiro dominava, estava irresistível, mas novamente fiquei surpreso com isto, não era do modo que eu esperava.

Virei a minha cara de lado, senti o calor da respiração dela por cima da minha cabeça. Tentei colocar um espaço em branco na queimadura da minha garganta, por completo e concentrei-me na batida do coração dela assim que a minha cara descansava no peito dela.

- Ah! Finalmente suspirei. E continuamos sem nós mexer durante bastante tempo. Ouvi a batida rápida e incerta do coração dela a diminuir e o ardor da minha garganta fazia-me cócegas. Estava tudo pacífico. A corrente tranquila, os insectos melodiosos, o sol maravilhoso. Senti um arrepio em mim.
Como se a essência potente dela afinal não era tão forte como eu pensava.

E então, finalmente desviei-me dela e inclinei-me para trás.

- Não vai ser tão doloroso para a próxima. Disse-lhe.

- Foi assim tão difícil para ti ? Ela perguntou quase num tom confuso.

- Não tão mal como eu imaginei que seria. E tu ?

- Não, não foi mal.. para mim.

- Tu percebes o que eu quero dizer. Sorri-lhe.

Ela sorriu-me de volta sem nenhuma palavra.

- Aqui. Peguei na mão dela e coloquei-a na minha cara. - Tu sentes o quão quente és ?

Bella não respondeu mas olhou-me com uma expressão indecifrável na cara.

- Não te mexas. Ela disse no mesmo tom que eu usei com ela anteriormente. Permaneci em estatua e instantaneamente fechei os olhos.

A mão quente dela tocou a minha cara e isto quase que chocou-me. Não estava a espera disto. Mas se eu tivesse um coração eu tinha a certeza que estaria a bater mais depressa que o dela. Conforme os dedos dela passeavam pela minha cara, nos meus olhos, pelo nariz, os sentimentos que senti antes, retornaram. Mas muito mais fortes. Eu não conseguia nomeá-los e queria mais do que tudo que este momento fosse eterno. Desejava que a mão dela nunca abandonasse a minha cara. Os dedos dela percorreram os meus lábios lentamente e abri a ligeiramente a boca para inspirar. Tentava controlar a minha respiração. Algo que nunca precisei de fazer antes. Estava rápida e não conseguia entender o porque. Demasiado depressa, ela recuou. Abri os meus olhos, sem gostar da distância que nós separava. Desejava agarra-la nos meus braços. Mas impedi-me disso.
Já não sabia o que estava a acontecer-me.

- Eu desejo.. Falei quase inaudível. - Eu desejo que consigas sentir a... complexidade.. a confusão.. que eu sinto. Que pudesses entender.

A minha mão penteou o cabelo dela.

- Diz-me. Ela pressionou.

- Eu penso que não consigo. Eu disse-te mais ou menos, a fome, a sede, a péssima criatura que sou, o que sinto por ti. E penso que consegues entender, um pouco. Embora..
Sorri largamente. - Como não és viciada em nenhuma substancia ilegal, tu provavelmente não consigas partilhar os sentimentos por completo.

Ela manteve os olhos em mim conforme eu inclinava-me para tocar-lhe nos lábios gentilmente e continuei. - Mas há outras fomes. Fomes que não entendes, que até são estranhas para mim.

- Eu posso entender isso melhor do que tu pensas.

- Não estou habituado a sentir tão humano. É sempre assim ?

- Para mim ? Ela hesitou um pouco. - Não, nunca. Nunca antes disto.

Segurei as mãos dela nas minhas e disse-lhe uma verdade incontrolável.

- Eu não sei como estar perto de ti. Não sei se consigo. Mas eu queria. Eu nunca quis que estivesses longe de mim. Esta última parte não a podia dizer em voz alta.

E de seguida surpreendi-me com Bella que se inclinou na minha direcção e pousou a cara no meu peito e sussurrou. - Isto é o suficiente.

Ela estava certa.. Isto já era o suficiente. Apenas tê-la perto de mim. Protegida. Eu nunca deixaria nada acontecer a esta linda rapariga que agora estava nos meus braços.

Deitei-me e pus a minha cara na cabeça quente dela, inalei o perfume do cabelo dela. Cheirava a morangos ? Era um odor fraco, mas estava la.

- Tu és melhor nisto do que pensas. Ela interrompeu os meus devaneios.

- Eu tenho instintos humanos; eles podem estar enterrados profundamente, mas estão cá.

Sentamo-nos a ver o sol desaparecer. O céu mudou de um profundo amarelo para um escuro laranja. E a escuridão permaneceu. Agora, o céu começou a ficar num aborrecido tom cinzento e Bella suspirou, a respiração dela agitava o ar entre nós. Dei-me conta que provavelmente já eram horas de ela voltar para casa.

- Tens de ir.

- Pensava que não conseguias ler a minha mente. Ela disse-me.

- Está a ficar mais clara. Zombei. Oh, eu queria que fosse verdade. Mas a mente dela estava tão silenciosa como sempre. E agora, ocorreu-me algo. Animei-me. Agarrei-lhe nos ombros e puxei-os para trás. Ela olhou para mim com confusão para a minha súbita alegria.

- Posso mostrar-te uma coisa ? Perguntei-lhe.

- Mostrar-me o que ?

- Agora vou mostrar-te como viajo pela floresta. Fiquei encantado com a ideia de mostrar-lhe como corro. Mostrar-lhe a minha velocidade.

Agora Bella olhou-me ainda mais confusa e tremeu ligeiramente.

- Não te preocupes, estares bastante segura e assim estarás de volta ao teu carro muito mais depressa. Dei-lhe metade de um sorriso.

- Vais transformar-te num morcego ? Ela perguntou baixinho.

Explodi de tanto rir. Eu não sabia se era da cara dela ao perguntar-me isto ou se era da antecipação de não ter nenhum vampiro para partilhar isto mas eu ri alto e com vontade. Mais alto do que alguma vez ri.

- Como eu não ouvi isso antes!

- Certo, tenho a certeza que tens todo o tempo.

- Vá lá, não tenhas medo, sobe para as minhas costas.

Ela olhou para mim como se acabasse de contar-lhe uma piada de mau gosto. Por isso, sem gastar mais tempo a convence-la, estendi a minha mão para puxa-la para as minhas costas. Sentia o coração dela a bater como uma borboleta. O odor dela perseguia-me assim que ela segurou as pernas e braços à volta do meu corpo. A cara dela ficou ao lado da minha. A respiração dela no meu pescoço.

- Sou um pouco mais pesada do que a tua mochila. Ela avisou.

- Aha! Expirei. Ela não se ia livrar de mim.

Peguei na mão dela e pressionei na minha cara, respirei profundamente.

- Cada vez mais fácil. E isto era verdade.

Depois, começei a correr.

Pronto ou não [O sol da meia noite] - cap. 16

Os alces nunca pareciam satisfazer-me, mas eu não queria ir mais longe. E no parque era tudo Alice e eu conseguia encontrar a substância.

Ela, de facto, não caçou muito. Ficou apenas a olhar para mim na maior parte do tempo. Ela estava sem sede, apenas acompanhou-me nesta viagem muito necessária e infrutífera.
Necessária porque eu não podia permitir-me que estivesse com sede amanha, mesmo que fosse pouca. E infrutífera porque não importa o número de alces que mate, será sempre vão no momento em que o odor de Bella chegue ao meu nariz.

Eu não devia pensar nisto agora.

Assim que terminei a minha refeição da tarde, senti-me cheio, quando Alice pôs a mão no meu ombro.
- Edward, eu realmente penso que isto já é o suficiente.
E olhei para os seus olhos. Ela tinha uma pequena ruga entre as sobrancelhas.
Puxei para trás, timidamente e limpei o canto da minha boca.
Fazemos isto durante o tempo que temos, foi uma forma de arte e nós raramente fazíamos numa desordem.

- Vamos voltar agora? Ou queres testar a teoria de que os vampiros não conseguem adoecer?; disse Alice num tom provocante.

- Já terminei; respondi.

- Boa. Jasper esta à minha espera e ... todos os outros estão À tua espera.

- Desculpa; senti-me culpado por faze-la vir comigo quando ela não precisava mas eu não queria outra pessoa da família.

- Está tudo bem, eles não vão trazer muitos problemas. E esta viagem foi por Bella.

Estreitei os olhos e murmurei; - para a Bella.

Ela riu-se como um sino e começou a correr de volta.

Vamos lá, treinador lento.
Ainda tens de mudar de roupa antes de ires a casa dela, não é?

Cheguei a casa antes dela, é claro, encostei-me na parede, para esperar, a sorrir, quando ela finalmente chegou.

- Treinador lento?; disse eu fingindo inocência.

Ela piscou-me os olhos e entrou disparada para casa. Eu não estava ansioso de a seguir mas imaginei que acabaria depressa e assim poderia ver Bella a dormir, não queria perder nem um momento do seu sono.

Como hesitei na porta, ouvi o Emmett a falar - Rose vá lá, ele tem-se portado bem, dá-lhe um pouco de crédito.

- Isso é só porque há sempre demasiadas testemunhas; ela sussurrou de volta.

- Isso não é verdade .. ; Emmett começou a sufocar um riso. - Ele está com ela sozinho, no quarto dela em quase todas as noite ou tu não sabias?

- Humm obrigado Emmett .. Mas eu não estou preocupada com o comportamento arrepiante e perverso dele. Ela acentuou a palavra "perverso" que me fez encolher-me. - Eu gosto de estar aqui. Eu não quero mudar novamente, só isso.

Emmett estava muito ocupado a rir-se, quando eu finalmente entrei. Ele voltou o olhar para mim e isso só fez a sua gargalhada mais estridente. Balancei a minha cabeça, para tentar livrar-me dos pensamentos dele.

- TU vais arruinar tudo, amanha; Rosalie gritou para mim.

Olhei para o chão, não por constrangimento mas para controlar a minha raiva. Eu não seria capaz de me para se ela fala-se novamente sobre Bella.

- Rosalie, por favor... ; Charlisle começou.

- Oh, o que tem? Ele fez a sua escolha. Ele escolhe-a por cima da irmã. Por cima de nós todos.

- Não é esse o caso; Charlisle continuou com dureza na voz.

- Sim, é chamado de fé, Rose. Alice participou na conversa.

- Tu estas apenas a motiva-lo, tornar isto pior, até que ele .. ela estreitou os olhos concentrando-se em mim. - Até que seja hora da refeição.

- Edward não!! Alice gritou, mas foi tarde demais. Antes que eu apercebesse, tinha sido transportado pelo ar, rosnei para Rosalie. Ouvi ruptura de rosnar dela assim que choquei contra o Emmett, que se tinha lançado entre nós. Ele agarrou-me com os seus enormes braços para conter-me mas não podia parar o meu próprio rosnar. A brilhar com os olhos em chamas ardentes para Rosalie mas ela apenas mostrou os dentes, sem fazer nenhum som.

Fiquei consciente de que uma onda de serenidade se pousava em cima de mim. Jasper estava a tentar acalmar a situação mas isso não era suficiente para conter a raia que tinha em mim.

Eu estava pronto para tentar e lutar com Emmett, quando senti uma mão no meu peito. Esme.

Ela olhava-me com uns olhos suplicantes e preocupados. Na sua mente vi a minha própria cara. Eu parecia como .... como um vampiro. Imediatamente caí, quase sem reacção nos braços de Emmett.

Rosalie saltou para fora da sala num piscar de olhos e o Emmett deixou-me perder.

- Emmett devias ir atrás dela. Disse Alice, a cara dela torcida em apreensão. - Agora Emmett ... não acho que a Esme quer a sua cozinha inteiramente destruída.

Emmett olhou-me durante um longo momento. Mas ele não estava zangado, apenas confuso. Ele odiava ter de escolher um dos lados. Suspirou pesadamente e foi para a cozinha.

Estava prestes a correr até ao meu quarto quando Carlisle falou.

- Será que estas a pensar trazer a Bella para .. conhecer a família, Edward?

Lancei-lhe os olhos durante meio segundo antes de me voltar lentamente com um olhar de acusação para a Alice.

- Eu estava apenas a dizer ao Carlisle as poucas possibilidades futuras que vi para amanhã, apenas isso.
Disse ela com uma inocência na voz e nos seus olhos arregalados como se fosse uma criancinha.

Era impossível não acreditar nela. Os meus olhos perseguiram os de Jasper por um segundo assim que respondi ao Carlisle - Não sei.

Houve uma agitação na cozinha.

- Se decidires trazer aqui a Bella eu ficaria mais do que contente por lhe dar as boas-vindas. Carlisle respondeu.

- E eu adoraria .. ficaria muito feliz por também a conhecer. Esme falou assim que começou a andar as voltas pela casa, "mas por agora eu gostaria de salvar o que resta da minha cozinha ou Emmett no que diz respeito ao assunto" ela sorriu calorosamente e desapareceu.

Os pensamentos de Jasper encheram a minha mente.
- Eu não sei sobre trazer a Bella aqui, Edward .. Eu não tenho a certeza ..
Ele estava assustado que não fosse forte o suficiente. Eu olhei para ele através de uns olhos estreitados.

- Dá-lhe algum credito, Edward. Alice cortou amargamente.

- Apenas mantém a distância. E dei um empurrão ao Jasper ignorando o brilho da Alice.

Eu tinha de sair daqui.
- Desculpa. Sussurrei enquanto passava para o meu quarto e bati com a porta atrás de mim.

Já não aguento mais isto. Todos dias são o mesmo. Dividido entre a minha família e Bella. Às vezes já nem sei, se estou a proteger a Bella da minha família e de mim próprio ou a proteger a minha família de Bella? Sacudi a cabeça enquanto procurava por uma roupa no meu quarto. Precisava de ir para ao pé de Bella novamente. A minha ansiedade desapareceria quando a visse dormir.

Encontrei uma camisola branca e umas calças azuis. Alguém bateu à porta levemente. Se a ignorasse, ela talvez fosse embora.

- Oh, pára de ser melodramático, Edward. Alice entrou sem o meu consentimento. - Eu só quis ver-te antes de te ires embora, apenas isso.

Virei-me para o deslumbramento dela assim que ela se sentava no meu longo sofá de couro preto, dobrou as mãos por cima do peito.

- Tu amas-a e assim que te aperceberes do quanto, tu pararás com essas coisas. Ela piscou o olho para mim. Só lhe consegui dar metade de um sorriso. Eu estava um pouco em baixo, pensei assim que escolhi um casaco castanho.

- Despacha-te, ela esta quase adormecer .. bem, esta a tentar. Alice disse-me e olhou para a roupa que eu escolhi. Então ela riu um pouco bloqueando qualquer pensamento que a divertiu e depois saiu do quarto. Olhei para a minha roupa e perguntei-me sobre que seria o pensamento. Corri para me refrescar e mudar.

Corri para fora da casa, para dentro da floresta, isto aliviou-me completamente. A velocidade e o vento fizeram-me sentir livre de todo o peso que sentia em casa. O ar que respirei desnecessariamente foi bem recebido pelos meus pulmões e assim continuei a respirar profundamente.

Bella foi rápida adormecer mas o seu corpo não parecia relaxado. Ela ainda tinha os fones nos ouvidos e com a música contínua. Perguntei-me se deveria desliga-los. Estava indeciso. Em parte porque não queria acorda-la e em outra parte era apenas uma desculpa para lhe tocar. Balancei a cabeça.

Em vez disso, sentei-me sem fazer algum barulho, na cadeira de baloiço a pensar em como seria o dia de amanhã. Será que eu realmente podia estar a sós com Bella durante tanto tempo?

Sem testemunhas.. Um eco do monstro dentro de mim relembrou-mo. Não foi tão forte como há tempos. O monstro ia ficando mais fraco. Mas infelizmente ainda lá estava. Conclui com teimosia.

Bella parecia mais pacífica do que na noite anterior.

Observei a respiração constante dela, o odor, tomei uma profunda respiração, completamente exagerada. Isto ardeu. Aguenta-te, ordenei-me; e voltei a respirar ainda mais profundamente.

Pensei em sair de manhã e cancelar a viagem.

Imaginei rapidamente uma conversa na minha mente. Provavelmente dir-lhe-ia uma desculpa esfarrapada "surgiu uma coisa, não vou poder ir". Mas eu sabia que Bella me iria descobrir e não ia desistir da viagem. Então eu, claro que lhe fazia companhia.

As próximas horas foram gastas a pensar em desculpas e depois também pensei na reacção de Bella em cada uma das hipóteses. Sorri alegremente. Cada vez sabia melhor adivinhar o que ela possa dizer ou fazer.

Passei de novo todas as justificações que pensei usar como desculpa pela minha mente mas se as usasse não estaria a ser sincero com a Bella.

Eu quero manter a Bella a salvo e ainda estou tão indeciso se ela estará a salvo comigo? Isto fez-me sentir tão fraco. Esta não era a força que Esme via em mim. Ou a fé que Alice tinha. Ou mesmo as palavras de Tanya quando eu fui até Denali a pouco tempo atrás.

Eu era realmente um monstro. Eu não devia ter-lhe prometido porque não tenho 100% certeza que ... alguns cenários da minha mente desapareceram. Alguns que tinha tido quando respirei pela primeira vez o perfume de Bella Swan. A urgência, o incontrolável desejo. A falta de cuidado sobre o que acontecia se eu não me controlasse. Agora, este assunto já estava enterrado. Não, não completamente. Mas já era menos. Menos? Questionei-me. O quanto menos. Será suficiente para durar um dia?

Eu não tinha resposta a esta pergunta. Queria ocupar a minha mente longe de pensamentos de culpa, por isso olhei ao de leve para a janela. Lá fora permanecia tudo tão sossegado. Todo o Mundo dormia. Os meus olhos pararam a olhar para a carrinha da Bella. Estremeci ligeiramente assim que me lembrei do acordo que tinha feito com ela, à pressa. Ela ia conduzir amanhã. Naquilo! Eu devia ir lá agora remover o motor, dessa maneira ela não teria outra hipótese se não o meu carro. Mas isso seria engana-la, Bella saberia que eu tinha feito algo à carrinha, desactivando-a.

Pouco depois de amanhecer e o Charlie já se preparava para sair. Assim que o carro dele desaparecia ao descer a rua, eu olhei para a minha bela adormecida que estava bem perto de mim. Ela ia acordar em breve. Devo partir. Mas não consigo fazer com que as minhas pernas se mexam.

Lá tive de ir, deslizei para janela da Bella e agora estava do lado de fora, encostado a parede junto à porta. Ela, deste ângulo não me conseguiria ver das escadas, ouvi a sua pressa. Ainda estava com a mente sombria. Ainda não sabia se devia estar aqui, pronto para passar o dia como planeado. Eu não queria deixar Bella em baixo, mas também não queria desapontar a minha família. E acima de tudo eu não queria ser a razão de Bella deixar de existir. Estremeci. Eu sou forte. Ordenei-me. Claro que sou. Mas estas palavras pareceram-me vazias.

Ouvi os seus passos a descer as escadas e antes que ela soubesse que eu estava frente a porta, a minha mão tocou levemente.

Knock Knock.

Agora não podia voltar atrás.

Houve um pequeno atraso enquanto ela lutava para abrir a porta, mas logo que aberta, eu conheci os seus olhos e eles estavam animados e excitados. Eu olhei melhor para ela e imediatamente percebi o porque de a Alice ter rido da minha escolha de roupa. Isto ajudou o meu humor consideravelmente e ri à socapa assim que falei - Bom dia.

- O que se passa? Ela replicou ansiosamente.

- Combinamos.

Ela riu comigo, o som era melódico.

Ela trancou a porta e eu comecei a andar até a carrinha. Parei em frente à porta do passageiro, lamentado a decisão que ela tinha tomado.

Bella tinha uma pontinha de presunção na cara assim que falava. - Tínhamos um acordo. Ela relembrou-me. Subi em silêncio quando ela destrancou a porta por dentro.

- O que ..? Ela perguntou.

- Põe o teu cinto de segurança, já estou nervoso.

Ela estreitou os olhos para mim assim que metia o cinto.

- Vai pela estrada do norte. Instruí.

Eu fixava a sua cara enquanto ela conduzia. Ela ia concentrada na estrada, mas de vez enquanto olhava para mim. Para verificar se ainda permanecia a olha-la. Mas eu não podia tirar nem um segundo o meu olhar dela.

Percebi-me que ela estava a conduzir mais lento do que o habitual.

- Planeias sair de Forks antes de anoitecer?

- Esta carrinha é bastante velha para ser a avó do teu carro, por isso tem um pouco de respeito. Ela replicou.

Finalmente deixamos as bordas da cidade, as casas convencionais foram substituídas por verde, árvores e arbustos.

- Vira à direita por aquela estrada. Instrui novamente e sorri quando acrescentei. - Agora, conduzimos até ao fim da estrada.

Observei ligeiramente os seus olhos a esbugalharem-se e os seus dedos abrirem-se vagamente sobre o volante. A reacção que eu previ.

- E o que está no final da estrada? Ela questionou.

- Uma pista.

- Estamos a caça do tesouro?

- Há algum problema? Eu sabia que ela não gostava muito destas coisas.

- Não te preocupes, são apenas umas 5 ou 6 milhas e nós estamos sem qualquer pressa.

Ela não replicou. Nós continuamos a viagem silenciosamente e olhei para ela atentamente. Ela parece ansiosa, nervosa. Seria porque ela finalmente percebeu que não queria estar sozinha comigo. Em uma floresta vazia qualquer. Ela ainda permanecia sem falar. Isto está-me a deixar maluco.

- O que estas a pensar agora? Quebrei o silencio, quase num tom rude.

- Apenas perguntando-me para onde estamos a ir.

- É um lugar que eu gosto de ir quando o tempo esta agradável. Olhei para fora da janela, ao mesmo tempo que ela também o fez. As nuvens felizmente estavam de retirada.

- Charlie disse-me que hoje o tempo vai estar quente.

- E tu dizes-te ao Charlie o que ias fazer, hoje?

- Não. Ela respondeu envergonhada. Ela não disse ao pai?

- Mas Jessica pensa que vamos para Seattle juntos? Pelo menos alguém sabia que ela estava comigo, eu não posso cometer erros.

- Não, eu disse-lhe que tu tinhas cancelado; o que é verdade.

- Ninguém sabe que estás comigo? Como é que ela poderia ser tão estúpida, ela não entendeu o que eu era capaz de fazer?

- Isso depende .. Eu suponho que dizes-te à Alice.

- Boa, isso é muito útil, Bella. Belo tempo para fazer piadas. Ela não respondeu e eu tornei mais arrogante - Estas assim tão deprimida com Forks que faz com que queiras suicidar?

- Tu dizes-te que podia causar problemas ... por estarmos juntos publicamente.

- Então, tu estas preocupada com o problema que poderias causar-me – se tu não voltares a casa. Tentei fortemente não levantar a minha voz.

Bella apenas balançou a cabeça, e não se virou para olhar-me.

- Claro que tu farias isto o mais difícil possível para mim. Murmurei tão lento que não havia esperança que ela ouvisse.

Permanecemos em silêncio até ao resto da viagem, se eu falasse agora apenas sairia da minha boca rugidos e profanidades. Nada que Bella quisesse ouvir.

Chegamos ao fim da estrada. Bella estacionou a carrinha ao pé da borda e saiu. Esperei um momento e olhei-a retirar o seu casaco e amara-lo à cintura. Ela usava uma camisola sem mangas. A pela de marfim dos seus braços parecia tão suave. Quente. Balancei a minha cabeça rapidamente e levantei os olhos para o céu. O sol começou a brilhar mais forte, assim o dia ficava ainda mais quente. Sai finalmente da carrinha e também tirei o casaco mas coloquei-o no banco. Depois bati com a porta da carrinha para captar atenção de Bella. Manti o meu corpo para a frente da grande floresta que nos espera, mas virei a cara para falar por cima do meu ombro. - Por aqui. O aborrecimento ainda era óbvio na minha voz e comecei a andar para dentro da floresta.

- A pista. A voz de Bella estava assustada.

- Eu disse que havia uma pista no fim da estrada, mas não que íamos por lá.

- Nenhuma pista. O mesmo pânico na sua voz. Agora ela reagia como deveria.

- Eu não te deixarei perder.

Ela pareceu sufocar-se com o quer que fosse que ia dizer, virei-me para lhe dar um sorriso. Os olhos dela encontraram os meus e eu fiquei confuso com a tristeza que vi neles. Porquê que ela estava em baixo?

- Queres ir para casa? Perguntei com calma. Eu não queria que fosse, mas não podia deixa-la assim assustada.

- Não. Replicou e de seguida começou andar ao meu lado para afirmar a resposta dada.

- O que se passa? Agora, minha voz estava calma.

- Eu não sou boa a fazer caminhadas. Terás que ser bastante paciente. Ela informou infeliz.

- Eu posso ser paciente; se eu fizer um grande esforço. Sorri, tentando aliviar o seu medo.

- Eu irei te levar a casa. Finalmente prometi na esperança de aliviar as suas duvidas.

- Se tu quiseres que eu ande 5 milhas pela floresta antes do pôr-do-sol, é melhor começares a abrir caminho. Ela disse com voz áspera. Não conseguia perceber porquê que ela estava zangada agora. Fiz-lhe uma careta, mas não obtive nada. Embrenhei-me pela floresta e ela seguiu-me. Ela parece relaxar uma vez que já estávamos mais dentro da floresta e eu não quis que caísse portanto eu deixava o melhor caminho para ela e caminhava por cima dos fetos e musgos húmidos. E sempre que encontrávamos obstáculos como arvores caídas ou rochas eu ajudava-a, levantava-a suavemente pelo cotovelo. O calor da pele dela punha-me à prova o tempo todo. E eu conseguia ouvir o bater do coração acelerar. Eu não estava certo se isso seria uma boa coisa. Talvez fosse por medo. Os olhos dela estavam tristes cada vez que apanhava a olhar-me. Continuamos a caminhar a maior parte em silencio, a menos que eu perguntasse de vez enquanto. Hoje fiz perguntas mais fáceis. Ela disse-me que matou todos os peixes de estimação e isso fez-me rir bem alto. Foi um alívio rir desta maneira. Tão abertamente. Senti-me tão bem.

Seguimos a caminhada através de um labirinto verde ao passo humano. Isto não me incomoda, andar lento. Apenas significa mais tempo com a Bella. As árvores antigas permaneciam à nossa volta. Agora, estávamos perto do prado e o sol começava a brilhar no verde-escuro, iluminava-o vivamente. Eu conseguia ouvir o ritmo corrente doce e ver as cores brancas, violetas e amarelos que estava nas flores selvagens.

- Ainda não chegamos? Bella zombou.

Esta frase fez-me sorrir, ouvir que o humor dela estava mais em cima.

- Quase, consegues ver o brilho lá à frente?

Ela piscou os olhos. - Humm, deveria?

- Talvez ainda fica longe dos teus olhos.

- É hora de visitar o oftalmologista. Ela estava muito mais feliz agora. Não fiquei seguro da sua tranquilidade.

Depois de algum tempo, Bella começou a tomar o meu passo largo. A marchar para a frente, quase ansiosamente, para as sombras amarelas. Ela andou até ficar dentro do perfeito círculo no qual parou apreciar a sua beleza. Eu permaneci nas sombras vê-la com cautela. Ela virou a cabeça para me encontrar e logo girou o resto do corpo na minha direcção. Será que posso fazer isto? Poderia mostrar-lhe quem sou? Ela sabia, claro, mas ver .. seria demais ? Será que ela me permitia leva-la de volta à carrinha antes que começasse a gritar? Suspirei em silêncio para mim mesmo quando Bella assistia. Antecipação estava estampada na cara dela. Para minha surpresa, ela deu um passo na minha direcção e sorriu. Nem me mexi. Novamente deu outro passo e fez-me um gesto com a mão para me aproximar. Levantei a minha mão rapidamente. Eu não queria que ela viesse ao meu encontro.

Bem, já estava na hora. Tomei uma última respiração profunda, desnecessária e caminhei para o prado com o brilho incandescente do sol do meio-dia.

Frente e Trás [O sol da meia noite] - cap.15

Os pensamentos de Billy Black são, no mínimo, insultantes. Eu estava ouvindo, assim que me dirigia para a minha casa. Ele é positivo disse que eu era um perigo para a Bella. Hah! Um perigo para Bella, neste momento não. Neste momento eu sou um perigo para ele. Se Bella não estivesse aqui eu teria invertido marcha-atrás para ele .. eu lembro-me do olhar no rosto de Billy e algo me diz se Billy tinha sido aquele no assento o motorista em vez do filho dele, ele teria feito a mesma coisa na traseira do meu Volvo.

Estacionei o carro em frente ao meu relvado e na mesma respiração quase que arranquei a porta. Isto rapidamente tornou-se uma rotina mas eu nunca deixaria isto tão depressa. Normalmente espero até Bella dormir. Por isso o meu ímpeto súbito tinha deixado Emmett de olhos abertos assim que desapareci para dentro da floresta o mais rápido que consegui que nem cheguei a ouvir os seus pensamentos. Eu teria que explicar isto, mais tarde, tenho a certeza.

Eu cheguei a casa em tempo recorde, encontrei um lugar nas sombras perto do lado da casa. Eu seria capaz de ouvir claramente o suficiente daqui.

E eu conseguia. Ouvi Charlie e Billy a falar sobre uma viagem de pesca. Mas os pensamentos de Billy não estavam completamente concentrados. Ele ainda estava a pensar em Bella ao meu lado, no meu carro, mas a imagem estava errada. Na sua mente eu era perigoso. Como um predador. Um assassino. Eu quase que rosnei. Mas eu apertei os meus punhos e juntei firmemente o maxilar. Afinal ele estava certo. Claro que estava.

Concentrei-me de novo nos pensamentos de Charlie, tentando ver se houve alguma preocupação na sua mente sobre a minha família Sobre mim. Sobre Bella e eu. Sobre nós...

Não havia nós. Eu suspirei calmamente. Bella e eu éramos duas entidades separadas. Contrario não era lisonjeiro. Pensei severamente.

Bem, Charlie parecia agora fixado no jogo, assim que Bella veio até à sala com aquele rapaz, Jacob Black. Imediatamente a sua mente atinge-me como se fosse um touro. Cada um dos seus erráticos pensamentos era uma loucura frenética em manter a atenção de Bella. Ele estava a olhar para ela, quase, inadequadamente. Eu tive de lutar com cada fibra dentro de mim para não partir a porta da frente .. e a sua desvairada cabeça. Mas as respostas vagas e desconcentradas para ele, fizeram com que facilitasse controlar os impulsos de aniquilar o irritante miúdo.

Eu permaneci escultural durante o resto do jogo até que finalmente Billy e Jacob iam em direcção a porta. Deslizei rapidamente
nas sombras, fora de vista e ouvi.

- Cuide-se, Bella; disse Billy.
Os seus pensamentos eram mais que um aviso severo do que as suas palavras ditas. Deixei a minha cabeça cair e fechei os olhos, esperei que eles saíssem.

Conforme o carro se afastou e Charlie fechou a porta da frente, trancando-a, eu continuava quieto. Eu não queria nada mais do que continuar com meu nocturno padrão e subir ate ao quarto de Bella quando as luzes estivessem apagadas. Mas agora não estava seguro se isso seria uma boa ideia. Depois desta tarde, depois de me ver como monstro pelos olhos de alguém ... isto meteu-me medo. Medo não só para mim mas como para ela. Apenas por ela. Sempre para ela.

Não sei quanto tempo eu estava aqui pensando sobre o certo e errado, mais uma vez, mas assim que concentrei-me, pronto para correr para casa, eu estava grato com a realização de que eu estava em pé no quarto de Bella. Abanei a cabeça e desisti. Novamente.

A manha foi igual a anterior. Eu corri para a minha casa, mudei-me e conduzi de novo para a casa de Bella. Mas antes que conseguisse deslizar pelos seus dedos de novo, Alice relembrou-me que deveria deixar a escola cedo com ela, hoje. Viagem de caça. Eu não poderia ajudar mas sorri com gratidão para a minha pequena irmã.

Charlie acabava de sair e eu estacionei no seu lugar. Desta vez, desliguei o motor e baixei as janelas. Eu estava a sorrir instantaneamente assim que Bella subiu para ao pé de mim, o cheiro dela, de novo a encher o carro.

- Como dormis-te esta noite? perguntei-lhe um pouco confuso com o pequeno saltar no seu batimento cardíaco.

Eu não podia ajudar, mas estava um pouco presunçoso porque já sabia a resposta.

- Perfeitamente e como foi a tua noite ? ela perguntou.

- Agradável.

- Posso-te perguntar sobre o que fizes-te? ela continuou.

- Não, hoje ainda sou eu. - sorri totalmente agora.

Novamente este dia foi igual ao anterior. Mas com as minhas perguntas diferentes. Eu quis saber mais sobre as pessoas na sua vida e mais sobre os seus relacionamentos com elas. Eu fiquei assustado no entanto, da sua falta de historia romântica, mas consolado ao mesmo tempo. Agora, no refeitório eu queria saber o porque do caso. Porque eu não encontrava qualquer razão de uma rapariga como a Bella ter falta de pretendentes.

- Então, nunca encontras-te ninguém que gostasses? ; tentei nãp soar pateticamente esperançoso.

Ela parecia ansiosa quando respondeu. - Em Phoenix, não.

Argh isso não é bom pensei mas contrariamente senti-me bem.

Ela mordia os lábios, quando isto lembrou-me do meu apetite e mensagem desta tarde.

- Eu devia ter-te deixado conduzir hoje.

- Porque?; ela quase que parecia zangada.

- Eu vou partir com o Alice depois do almoço.

Respondi-lhe calmamente e vi o rosto dela mudar de raiva para ser substituído pelo o que me pareceu ser decepção. Ela ia sentir a minha falta? O meu coração morto quase começou a bater de novo, mas a resposta dela quebrou o meu momento.

- Oh, esta bem, não é assim tão longe, é um passeio.

- Eu não te vou fazer ir a caminhar ate casa. Nós vamos buscar a carrinha e deixa-la aqui para ti. Fiquei irritado com o pensamento.

A cara dela tornou-se confusa, - Eu não tenho a chave comigo, eu realmente não me importava de caminhar.

Sacudia a minha cabeça antes que ela sequer terminasse a frase. Que asinino é o dela de pensar que eu ia apenas abandona-la para deixa-la ir a pé ate casa. - A tua carrinha ira estar aqui e a chave também, na ignição; a menos que tenhas medo de que alguém provavelmente a roube. - Ri-me e ela finalmente concordou.

- Tudo bem; - ela disse num tom de desafio. Senti-me um pouco presumido. É sempre útil ter uma pequena irmã com uma capacidade para descobrir coisas.

- Então, onde vais ?; a voz da Bella foi ligeiramente hesitante.

- Caçar; eu nem pensei sobre o que disse. A verdade saiu da minha boca automaticamente com Bella. - Se eu vou estar contigo sozinho, tenho de tomar todas as precauções que posso. De outra maneira acabaria por matar-te, naturalmente. Só para que saibas não é grande coisa. Eu deixei a última parte fora da minha cabeça, mas eu sabia que isto iria ser perigoso. - Podes sempre cancelar, tu sabes. Por favor, cancela. Fá-lo. Diz-me que não queres estar sozinha comigo. Diz-me que tens medo do monstro dentro de mim. Deixa os teus instintos de humano levar-te para longe de mim, Bella. Faz a coisa correcta. Porque eu não posso, pensei quase dolorosamente.

- Não, eu não posso. Bella ecoou nos meus pensamentos.

Rendido, murmurei: - Talvez estejas certa.

- A que horas vou-te ver amanha ?; perguntou Bella, casualmente.

- Depende.. é sábado, não queres dormir ate?

- Não. Ela respondeu, sobreposta a minha pergunta inacabada.

Amorteci um sorriso sem sucesso para a sua ânsia.

- Às horas habituais, e então; perguntei, o Charlie não vai lá estar? Talvez o pai dela em casa ajudava-me a ancorar a minha necessidade.

A resposta dela pareceu triunfante.
- Não, ele vai pescar amanhã.

O monstro dentro de mim, veio à superfície. - E se tu não chegares a casa, o que ele vai pensar ? Oh, sim, agora tu pareces mesmo verme rastejante. Podes dizer-lhe também que entras furtivamente pela janela, enquanto ela dorme. Espero que este aviso seja suficiente para ela finalmente se afastar.
Mas a cara dela permanecia inalterada como se ela não tivesse nenhuma ideia da minha insinuação. Ela respondeu constante e casual. - Não faço a mínima ideia, ele sabe que eu estive pensando ir à lavandaria, talvez pense que cai no lavador.

Impossível. Ela era apenas impossível. Ela fez uma careta para mim como se perguntasse se não haveria mais desafios. Mas eu permaneci em silencio, apenas lancei um olhar fulminante de volta.

- Onde vais caçar, hoje à noite? Bella perguntou, surpreendendo-me com o seu casual tom de só-para-meter-conversa.

- Qualquer coisa que encontrar-mos no parque. Não vamos para muito longe; consegui dizer.

- Porque vais com a Alice?

Porque a Alice ama-te como eu. Amuei e optei por uma resposta menos aberta. - Alice é a mais ... favorável de suportar. Pareceu resultar.

Ela parecia nervosa quando ela continuou - E os outros? O que são eles?

Eles preferem que eu te mate e acabe com isto. Mais uma resposta que eu iria modificar. - Incrédulos, na maioria da parte.

Ela olhou para trás da mesa, onde os meus irmãos estavam sentados.

Idiota. Pensou Rosalie e eu concentrei-me para a bloquear.

Emmett estava a rir assim que tentava não olhar para o que eu nunca saberia ver apalpar uma rapariga seria tão divertido.

- Eles não gostam de mim. Bella interrompeu a sintonia entre mim e Emmett.

Ela parecia magoada por esse pensamento. Tentei o meu melhor conforto para as suas inseguranças, contudo eles podem ser assim considerados. - Não é isso. Eles não percebem o porquê de eu não conseguir deixar-te sozinha.

Agora com severidade, ela voltou-se para enfrentar-me e replicou: - Nem eu, no que diz respeito a esse assunto.

- Eu disse-te "tu não vez com clareza como és" tu não és como as outras pessoas que conheço. Tu fascinas-me. E aí, de novo, foi a triste verdade que continua a deslizar em mim.

A leitura da cara de Bella tornava-se um pouco mais fácil. Isto fez-me sorrir e observei a expressão dela mudar. Ela pensou que eu estava a ser falso.

- Tenho vantagens. Disse explorando rapidamente a minha testa para lembra-la. - Tenho uma media melhor do que os humanos naturalmente. As pessoas são previsíveis. Mas tu... nunca fazes o que eu espero. Apanhas-me sempre de surpresa.

Agora estava confuso com o seu olhar de ressentimento e embaraço. Mas ela voltou-se de novo para ver a minha família.

Eu decidi ajuda-la a compreender melhor. - Essa é a parte mais fácil de explicar. Mas há mais... e isso não é tão fácil de pôr em palavras.

Oh, é verdade, diz-lhe tudo, Edward. Tens alguma ideia de como tudo isto é perigoso ? Os pensamentos de Rosalie vieram altos e rápidos. Agora, ela virou o olhar furiosamente para Bella. E estas arriscar isso por uma rapariga humana insignificante. Talvez tu precises de um pequeno empurrão ou talvez eu podia .. rosnei-lhe embaixo da minha respiração que silenciou abruptamente os seus pensamentos.

Bella voltou-se para mim, com confusão e medo estampados na cara.

Agora teria de explicar também o comportamento da Rose. - Eu peço desculpa sobre isto. Ela esta apenas preocupada. Tu vês ... é perigoso demais para mim, no fim de estarmos tanto tempo juntos publicamente ... Eu não conseguia mais olhar para ela. Desviei o olhar para a mesa eu não tinha certeza se conseguia acabar a sentença.

- Se? Bella persistiu. Claro eu não podia recusa-la. E ela tinha o direito de saber o que o destino dela poderia ser.

- Se isto acaba .. mal. Eu deixei a minha cabeça cair dentro das minhas mãos. Eu não me movi. Eu pensei nisto. Aquelas palavras seriam tudo o que ela tinha para começar a sentir o perigo que ela estava. Ligeiramente atordoado senti a mão dela a vir na minha direcção, mas deixou-a cair em cima da mesa.
Bella queria ... consolar-me?

- E tu tens de ir agora embora? Ela perguntou num tom indiferente.

- Sim. Eu respondi e conforme levantei a minha cara, e vi os seus grandes e castanhos olhos, pareciam desmotivados no pensamento da minha partida. Isto fez o meu humor animar-se.

- Isto é provavelmente o melhor. Eu comecei, relembrando-me da próxima aula que íamos ter. - Nós ainda temos quinze minutos daquele filme miserável que não vimos na aula passada em Biologia. Não sei se consigo aguentar mais.

Alice apareceu atrás de mim silenciosamente. - Alice. Eu disse sem tirar os olhos de Bella.

- Edward. Alice respondeu e de seguida acrescentou em silencio. Deixa de ser tão dramático.

Eu decidi introduzi-las. Alice-Bella, Bella-Alice.

- Olá, Bella. Alice falou com ênfase e sorriu largamente para ela. - É agradável finalmente conhecer-te. Dei um olhar de aviso à Alice. Ela estava abusar.

- Olá, Alice. - Bella disse timidamente.

- Estás pronto? Alice dirigiu a pergunta a mim.

Ainda irado com ela, respondi rapidamente. - Quase. Encontramo-nos no carro.

Sem dar resposta, Alice caminhou até à cafetaria.

- Deveria dizer "diverte-te" ou é algo errado? Bella perguntou e virou-se para mim.

- Não "diverte-te" funciona tão bem como outra coisa. Eu diz a sorrir para a sua doçura.

- Diverte-te então.

- Eu vou tentar. E tu tenta ficar segura.

- Segura em Forks; humm que desafio. Disse Bella sarcasticamente.

- Para ti é um desafio. Como ela pouco sabia. - Promete. Incitei.

- Eu prometo tentar manter-me segura. Eu vou a lavandaria esta noite - que deve estar carregada de perigo.

- Não caias lá. Eu disse mantendo o seu tom de escárnio. A zombar.

- Eu farei o meu melhor.

Levantei-me. Bella seguiu o exemplo e suspirou. - Verte-ei amanha.

Ela parecia infeliz, triste e eu sabia o porquê. Porque eu sentia o mesmo (embora eu sabia que ia vê-la antes de ela me ver a mim).

- Parece um logo tempo pra ti, não parece?

Ela abanou a cabeça afirmativamente, confirmou-se o que eu pensava.

- Eu estarei lá amanha. Eu disse e aproximei-me para tocar no seu rosto. Quando eu percebi o que ia fazer, virei-me e sai nem mais nenhuma palavra.

Alice estava no carro, a sorrir assim que me viu aproximar. Ela estava extática por ter feito contacto com Bella hoje. Como se fosse uma luz verde para ela. Ela não tem livre arbitro, ainda. Eu ri-me dos seus pensamentos.

Conduzi ate casa em silencio.. da minha parte, eu não posso controlar os pensamentos da Alice. Mas eu sabia que se dissesse alguma coisa, apenas fazia pior com as imagens de Bella na cabeça de Alice. Eu estacionei o carro na garagem e caminhei ate casa com Alice somente a um passo atrás. Esme estava na sala de jantar e Alice saltitou ate ela para a beijar na bochecha. E depois ambos se voltaram para encarar-me. Desloquei-me imediatamente de lugar e coloquei as mãos nos bolsos, não capaz de encontrar os seus olhares fixos, comecei a olhar para os meus sapatos. Eles não falavam mas os seus pensamentos eram idênticos. Nenhum deles viu-me a cometer um erro. Eles não pensam nisso dessa forma.
Eles estavam certos que eu não desfaria os ensinos de Carlisle. As minhas pontas dos dedos encontraram a tampinha da garrafa no meu bolso direito conformei ergui a cabeça para olhar Esme. Através da sua mente, vi a minha cara. Parecia agonizante, quase suplicante. Ela ficou ao meu lado em um instante, a sua mão na minha cara.

- Tu não vais falhar, Edward. Ela tentou tranquilizar-me. - Tu és mais forte do que pensas, filho.

- Ela tem razão, Edward. Alice entrou. - Tu achas que eu deixava-te sozinho com Bella se eu visse que a ias magoa-la? Eu não seria capaz de suportar isto quase tanto como tu.

- Eu penso que estas certa Alice, mas .. Eu não poderia trazer de novo as incertezas em voz alta. Olhei para Esme claramente, determinação na sua cara e depois olhei para Alice, como poderia dizer-lhes, quando é que começaram a ter essa fé em mim? Eu não poderia perder isso. Não eu não queria. Eu não iria. Eu não devia..

- Temos de ir Edward, Bella acabará a aula brevemente. Alice cortou os meus pensamentos.

- Sim naturalmente. Eu disse demasiado formal. E apressei-me para fora da porta, dei meio sorriso a Esme.
Ela voltou outro para mim, mas abertamente.

Alice e eu chegamos a casa de Bella e ela deu-me um piscar de olhos e voou para obter a chave debaixo do beiral do telhado e começou a entrar por lá. Eu vi-a direita no seu calcanhar mas uma vez lá dentro já não podia seguir os seus passos ate ao quarto de Bella. Demorei-me no corredor a espera por Alice para encontrar a chave. Ela voltou num instante. - Pronto? Ela perguntou em voz alta.

Eu olhei para o interior da casa uma vez mais, e só vi apenas a escuridão que estava anteriormente. Suspirei a disse para fora da porta. - Não te esqueças de repor a chave de volta, debaixo do beiral do telhado, Alice. Chamei, mas atrás de mim veio a resposta perto da carrinha de Bella. - Tudo pronto. Ela sorriu para mim.

Fui para o assento do motorista e Alice entregou-me a chave assim que passou por mim. Estávamos a meio do caminho para a escola quando Alice falou - Edward, eu também amo a Bella, tu sabes. E eu não poderia deixar que nada lhe aconteça.

Eu nem respondi.

- E tu, agora, sabes como o Jazz se sente. Ele não compreende mas não irá sair da linha.

- Sim, Alice mas talvez o Emmett e Rose...

Ela cortou-me a frase - Oh Emmett pensa que és maluco, decerteza, mas ele não tem más intenções. Ela ficou em silencio por um momento assim que pensou na Rosalie.

- A hostilidade de Rose contra mim não me incomoda tanto com os pensamentos dela contra Bella. Eu repliquei através dos seus pensamentos.

- Hummmm sim Rose. Ela só precisa... de tempo. É isso. Ela vai voltar em breve. Ela apenas não consegue ver isso, ainda mas obviamente, eu consigo. Ela não soou convincente e os seus pensamentos, traíram-na. Rosalie ia ser um problema. Isso era o certo.

Nós chegamos a escola e eu estacionei a carrinha facilmente.

Alice saltou para fora e esperou por mim. Eu desliguei o motor e deixei lá a chave. Depois eu retirei a caneta do meu bolso interior e procurei por um papel no porta-luvas.

- No chão, atrás do teu lugar. Alice ajudou. Eu olhei para ela meio lento mas ela apenas sorriu de volta inocentemente. Encontrei um bloco de notas, rasguei uma parte e atirei o resto para trás de mim. Eu pensei sobre o que escrever mas decidi que havia apenas uma coisa que eu precisava que Bella fizesse por mim antes que eu estivesse capaz de vê-la novamente.

"Fica segura"

Eu dobrei o papel, sai da carrinha e coloquei-o no assento.

Divisão [O sol da meia noite] - cap. 14

Tinha passado apenas uma hora desde que eu deslizei pela janela de Bella e corri pela floresta para chegar à minha casa. Tomei banho e mudei de roupa para ir para a escola. Engraçado eu nunca tinha estado ansioso pela escola antes, mas Bella modificou isso abruptamente. Ela mudava mais do que eu apenas pensava. Eu assinalei e livrei-me dos pensamentos.

Alice lançou-me as chaves do meu Volvo. Assim que as apanhei ela deu-me um olhar solene e pôs as mãos nos seu quadril. Ela não precisava de dizer nada. Ou mesmo o pensamento disso para saber o que ela queria. Eu ainda não tinha apagado o meu humor felicíssimo por isso em vez de perguntar e arruinar-lhe o dia antes de começar; eu olhei para baixo e caminhei para a parte de trás da casa. Rosalie já estava pronta no carro dela. Fiquei agradecido à vaidade dela que salvou a manha. Tudo o que ela podia pensar era em todo o caso de lhe dar um brilhante carro uma vez mais a ostentá-lo na escola hoje.

- Oh não vens connosco outra vez, Edward?; perguntou-me Emmett.

Virei-me para o encarar e vê-lo andar pela garagem com o Jasper, fechar atrás dele e segurando a mão de Alice. A cara dela ainda tinha o beicinho firme no lugar. Eu não disse nada mas o meu humor ficava amargo bastante rapidamente. Dei-lhes um rápido olhar gelado, para silenciar os seus julgamentos, eu subi para dentro do meu carro.

O meu humor começou a elevar-se lentamente mais perto da casa de Bella. Aproximar-me para tê-la perto de mim, de novo. Uma pequena parte de mim ainda esperava que ela rejeitasse o meu convite. Recusar-se a entrar no meu carro. Rejeitar estar perto de mim. Uma pequena parte de mim quis que ela mantesse a distancia. Para ignorar-me. Mas essa pequena parte ficava mais menor ao passar dos dias. Eu não tinha certeza se isso era uma coisa boa.

Estacionei na esquina da rua e observei o Charlie ir para o cruzamento, em seguida, prontamente na sua lenta condução.

Os meus olhos focados directamente na janela do quarto dela. Eu vi ela dar uma rápida olhadela, fracamente ouvia o seu coração omitir uma batida amorosa que lhe corou as bochechas. Ela estava obviamente na esperança que eu estivesse aqui novamente. O mesmo de ontem. Eu questionei-me por quanto tempo eu poderia continuar com esta bizarra rotina com ela ... Isto devia acabar agora mesmo. Antes de ser tarde demais.

Isto já era demasiado tarde. Pensei lembrar-me da minha raiva nas palavras semelhantes que ela me disse na outra noite. Metade de mim estava rosnando, eu estava preocupado agora porque não podia encontrar aquele confortável lugar que eu tinha estado recentemente. Tentava fazer o que é certo numa situação muito incorrecta com nenhuma esperança à vista.

Eu observava-a cuidadosamente, sem torna-lo evidente, como ela fechava a porta e caminhou para o lado do passageiro do meu carro. Eu quase bati nas fechaduras e disparei para fora do carro, mas como ela se aproximava eu não a pude parar ou melhor, eu não a queria parar, de abrir a porta e entrar.

- Bom dia; disse-lhe através de um sorriso que eu nem sabia como o tinha feito. - Como estas hoje?; olhei para o seu rosto e lembrei-me como ela mal tinha dormido.

- Bem, obrigado; respondeu ela.

Os olhos dela brilhavam mas os círculos embaixo contradiziam-se. - Tu pareces cansada; empurrei, esperando saber mais sobre o que a tinha mantido tão agitada.

- Eu não conseguia dormir; disse simplesmente sem maior elaboração. Como a frustração disto era. Como frustrante era eu nunca saber. Eu observei-a passar o longo cabelo castanho pelo ombro. Tentando esconder o pescoço? Bella estaria a tentar aliviar a minha tentação?! Eu não deveria estar divertido pelo pensamento, mas eu não podia ajuda-la. Ligeiramente repugnado comigo mesmo e ainda mais irritado por ela e o seu completo sentido de preservação eu deixei-o ir e meti o motor a trabalhar.

- Nem eu podia; respondi-lhe casualmente.

Ela deixou escapar um pequeno sorriso assim que respondeu. - Eu a penso que é verdade. Suponho que dormi somente um pouco mais do que tu.

- Eu aposto que sim.

Antes que eu pudesse novamente falar-lhe, as perguntas estavam de volta. - Então, o que fizes-te a noite passada?

- Sem hipóteses; interrompi-a, havia tanto que ainda não sabia sobre ela. E eu queria saber tudo. - É o meu dia, para fazer as perguntas.

- Oh, é verdade; ela replicou a dobrar a testa por nenhum motivo aparente isso descontentou-a. - O que tu queres para saber.

- Qual é a tua cor favorita ?; comecei rapidamente.

Ela revirou os olhos como se ela estivesse a espera de pergunta pior; - Muda de dia para dia.

- Qual é a tua cor favorita hoje?; insisti.

- Provavelmente marron (castanho).

Que estranha escolha. "Marron?" Eu meditei com a duvida na minha voz. Mas antes que eu pudesse perguntar o porque, ela pareceu ler a minha mente.

- Claro, marrom é quente. Tenho saudades de marrom. Tudo o que é suposto ser marrom - troncos das arvores, rochas, sujidade ; são cobertas por um manto verde aqui.

Eu fitava os olhos dela enquanto escutava. Porque que eu questiono a escolha dela ? Era bonito, profundo, cativante.

Comecei a divagar e amuei sem que ela se apercebesse.

- Tens razão. Compus os pensamentos e olhei para longe. - Marrom é quente. Conclui em voz alta. Instintivamente a minha mão dirigia-se para a mão dela. Eu oscilei durante menos de um segundo antes de lhe pegar numa madeixa de cabelo e coloca-la para trás dos ombros.

Ela não deveria preocupar-se com as minhas tentações. Ela não deveria preocupar-se com nada.

Assim que conduzi para a escola, facilmente encontrei um lugar para estacionar, voltei-me para olhar para Bella novamente. Eu não queria ter de me separar dela e ir para as aulas. Eu quis-lhe pedir para ficar no carro comigo. Eu queria desvendar os seus olhos mais um pouco. Para ver os seus lábios moverem quando ela falam. Para cheirar o seu odor quando ela brincava com o seu cabelo. Ignorando o fogo que se formou agora na minha garganta eu sabia, eu não a queria longe de mim, nem por um momento. Para com isso. Eu lutei comigo novamente. Já tinha passado os reinos da sanidade mental, eu realmente precisava um empurrão disto de alguma maneira? Não eu não precisava de me esforçar. Esse era o problema. Isto ia-se prolongar por si mesmo não interessava se eu empurrava ou puxava. Eu estava limitado fora do meu controlo e eu precisava de reinar de volta.

Bella pertencia na luz solar. Eu pertencia na escuridão. Onde a minha verdadeira pessoa não poderia ser vista. Exilado. O modo como a fintei, o modo como ela cheira para mim ... Ela deveria estar a correr a partir do meu carro agora mesmo.

Isso não aconteceu e nunca ira acontecer, nada vulgar crescia entre nós. Agora estava seguro para continuar o meu questionário.

- Qual é a musica que está no teu leitor de CD's neste preciso momento?

Conforme ela mencionava o nome da banda eu deixei um meio sorriso reinar na minha cara e os meus recentes pensamentos. A ironia foi, como sempre, apenas durante um tempo. Procurei dentro do meu compartimento de CD's, folhei entre eles para encontrar um em especial. Eu não podia ajudar mas senti-me um pouco presunçoso ao provar que estava errado. Nada vulgar crescia eu meditei ...

- Debussy a isto ?; entreguei-lhe o CD a Bella. Ela olhou para a capa e reconheceu-o. Era o mesmo CD que ela tinha acabado de mencionar.

O dia continuou num modo preguiçoso, num padrão repetitivo. Mas nunca fiquei aborrecido.

Como é habitual o silêncio da mente dela, não me deu respostas, por isso eu perguntei questão após questão. Revelando detalhes fascinantes enquanto ela ia para as aulas, até a hora de almoço. Eu reuni os tipos de filmes que ela gostava. Ela não tinha viajado muito mas ela provavelmente gostaria de explorar o mundo. Eu perguntei sobre os seus livros favoritos. Isto pareceu entusiasma-la. Ela falou muito sobre o que um bom livro deveria de ser e o que ela já tinha lido. Ela respondeu a todas as minhas questões, em maioria com uma incerteza perplexa. Algumas, porém, faziam-na corar. Isso divertia-me e eu pressionava mais um pouco o assunto só para ver a cor das suas bochechas aprofundar. Agora eu estava intrigado sobre o porque de uma simples questão sobre a sua pedra preciosa, que ela disse que era topázio, ela ficou com as bochechas vermelhas tão rapidamente.

- Diz-me. ; exigi-lhe após a sua relutância em responder.

Ela tirou o olhar da minha cara e suspirou em derrota. A brincar com o cabelo, ela falou serenamente.

- Porque é a cor dos teus olhos hoje. ; ela pareceu ansiosa e acrescentou. - Eu suponho que se me perguntasses há duas semanas eu diria ónix.

Antes que eu começasse a ficar irritado com ela sobre as observações, eu prossegui com a questão seguinte.

- Que tipo de flores preferes?; ela parecia que pedia agradecia por ter mudar de assunto.

O meu questionário teve uma pausa em Biologia assim que Sr. Banner decidiu terminar o vídeo que "estava-mos" assistir sobre Fotossíntese. Discretamente eu deslizei a minha cadeira um pouco mais longe da de Bella, na antecipação daquela estranha electricidade que parecia se intensificar na sala escura.

Isto não ajudou. De todo.

Observei Bella na escuridão conforme se inclinava para a frente do quadro descansando o queixo entre os seus braços dobrados. Olhei fixamente para a cara dela durante um longo momento antes que os meus olhos vagueassem pelo seu cabelo seguido das mãos que estavam juntas firmemente na mesa, tal como as minhas. Nada de vulgar, pensei de novo, com sem humor. A hora arrastou-se como antes, eu tive o desejo de tocar na pele suave dela, para sentir o calor da sua mão na minha. Várias vezes eu quase a toquei mas ordenava-me a mim próprio para parar. Eu sabia que isso provavelmente abriria uma barreira de dilúvio. Mas nada me parava de cometer erro atrás de erro. Assim que o vídeo terminou e as luzes voltaram, eu apercebi-me que estava a ponto de abandonar a sala e nunca mais olhar para trás mas os meus pés recusavam-se a mexer. Eu estava congelado na sala. Agora eu percebi que isso não era sobre se eu partiria para longe de Bella. Era sobre se eu conseguia.

E neste momento, isso era bem claro, eu não conseguia.

Acompanhei Bella ate à sua aula no ginásio em silencio, cruzei os braços. Eu não a queria deixar. Cada onda de energia que eu punha no cuidado entre ela era desnecessária. Ela estava no centro de cada pensamento que ouvia agora. Como poderia escapar disto ? Nós paramos em frente ao ginásio que alcançamos, sem nenhum segundo de pensamento ou hesitação .. e eu toquei na cara dela, com a palma da minha mão. O calor nunca deixou de surpreender-me.

Voltei-me sem lhe dizer nada e andei para a aula de Espanhol. O Emmett estva a minha espera, apoiado contra uma parede fora da sala.

Ei, rapaz, já tens um melhor aspecto agora, do que tinhas esta manha. Ele assumiu.

- Obrigado. ; resmunguei-lhe rapidamente.

Eu não sabia que lhe responder com outra palavra melhor. Instalamo-nos na turma. Eu comecei a remexer pelas mentes de companheiros de turma de Bella e professor. Experimentar todos os ângulos, para adquirir uma melhor visualização da sua cara. Aquele rapaz, Newton, ainda estava num modo hostil em relação a Bella. Isto irritou-me muito pela maior parte porque a sua hostilidade foi extraviada. Eu não queria nada mais do que ir até lá e partir a raquete dele no seu braço frágil...

Então Edward o que está errado ? Vi Emmett e percebi que quase sai fora da cadeira.

- Nada. ; sussurrei-lhe voltando a posição normal numa cadeira. Então firmei-me calmamente. Durante quanto tempo iria eu guardar esta barreira silenciosa ? - É o Mike Newton; acrescentei - Ele realmente está a começar a incomodar-me.

O Emmett não pensou mais sobre este assunto. E eu escutava os seus pensamentos vir com uma dúzia de razões e conclusões para esta "idiotice" como ele lhe chamava.

A aula finalmente terminou e eu dei a Emmett um olhar vencido e apressei-me para o ginásio. Para Bella.

Um enorme sorriso na sua cara e ela suspirou calmamente para ela própria. Sorri também, um sorriso largo e aliviado.

Eu não me permiti muito tempo em silencio antes de começarem de novo as minhas perguntas. Desta vez, eu quis os porquês e os comos das suas respostas. Eu queria saber sobre a vida dela antes de Forks. Antes de mim. Embora não fosse um pensamento agradável era como se eu tentasse compensar a incapacidade de ver a mente dela. As primeiras gotas de água começaram a dar lugar às mais pesadas, por isso nós sentamo-nos em frente a casa do pai dela durante horas, enquanto ela me dizia cada imagem, cada aroma e cada detalhe da vida dela em Phoenix. Apercebi-me que já tínhamos chegado à parte em Forks assim que ela acabava a descrição do quarto desarrumado dela.

- Já acabas-te ? ; ela perguntou no meu silencio.

- Nem de perto ... mas o teu pai esta quase chegar a casa.

- Charlie! ; ela disse em voz alta, como se ela estivesse esquecida de onde nós estávamos. - Oh, como é tarde. ; os olhos dela arregalaram-se assim que encontrou o relógio.

- É o crepúsculo. ; eu disse sussurrando para mim. Olhei através do horizonte e perguntei-me se seria preciso continuar a frase. Olhei de novo para Bella, ela fintava-me como se soubesse que havia mais. - É a altura mais segura do dia para nós. Eu cedi. - O melhor tempo mas também o mais triste, de certa forma ... o final de mais um dia, o regresso da noite. A escuridão é tão previsível, não achas ?

- Eu gosto da noite. Sem o escuro, nós nunca veríamos as estrelas. Não que daqui se possa ver muito. ; ela respondeu e eu ri para ela, dos seus continuos encontros e faltas de Forks.

- Charlie chega dentro de poucos minutos. Por isso, a menos que lhe queiras dizer sobre nós dois juntos no sábado...

- Obrigado, mas não obrigado. ; ela começou a reunir os livros. - Então, amanha é a minha vez ?

- Certamente que não! Amuei com um sorriso. - Eu disse-te que ainda não tinha acabado, não disse ?

- O que há mais ?

- Amanha descobrirás. Conclui e cheguei até a ela, que estava na porta. No meio do som do seu coração a correr, comecei a ouvir um carro que se aproximava da casa e uma outra voz. Tive de me acalmar de quase arrancar a maçaneta da porta.

- Nada bom. ; disse-lhe calmamente.

- Que se passa ? ; perguntou Bella um pouco perplexa.

Eu olhei para a sua expressão chocada e disse - Outra complicação.

Deixei rapidamente a porta aberta e afastei-me dela. Um carro escuro passando por uma poça de água. O meu controle não iria durar. Bella precisava de entrar para dentro de casa. Agora. - Charlie está virando a esquina. ; disse severamente. Ela imediatamente desceu e foi para a chuva. Dei um olhar penetrante para o carro e acelerei de lá para fora sem mais nenhuma palavra.

Equilibro [O sol da meia noite] - cap. 13

Como eu baixo a velocidade no caminho sinuoso eu sabia o que se estabelece à minha frente. A minha casa. Assim como a floresta mais fina eu sabia que tinha de enfrentar. A minha família. Eu tenho a certeza que Rosalie tinha informado o resto deles na sua própria historia com palavras coloridas, das minhas recentes revelações sobre a rapariga humana. A rapariga humana que ela poderá não vir a ser. A rapariga humana que tem sido materializada para fora do meu próprio inferno pessoal. A rapariga humana que é a minha punição por ser um monstro. A rapariga humana que é inconfundível pelo seu perfume que ainda hesita comigo. A rapariga humana ... Bella, quem na verdade aceitou o demónio junto dela durante o dia inteiro. Bella quem tocou e não se arrependeu das minhas mãos geladas. Bella ...

Assim que estacionei na garagem eu olhei de relance para o carro vermelho ao pé de mim. Qualquer felicidade deste dia tinha desaparecido. Eu tinha-a deixado a porta de Bella conforme conduzi para longe apenas por um tempo. Na esperança dela ficar segura e dar-me as boas-vindas do modo que ela deu-me hoje.

NÃO! Eu rosnei para mim. Não. Eu espero que ela não me dê as boas-vindas em sua casa. Para a seu próprio bem. Ela merece melhor.

Eu tranquei o carro e somente pensei que todos, excepto Alice, estavam a minha espera. Seus pensamentos alcançaram-me antes de eu chegar a porta. O mais alto foi a sequencia de blasfémias vindas da Rosalie. Seguido do riso tranquilo de Jasper. O meu pai tinha um confuso sentido de alivio nos olhos mas os seus pensamentos revelavam preocupação.

Eu reflecti pensamentos deles. Sobre a minha sanidade mental. Talvez o Emmett esteja certo. Eu penso que talvez estou a perde-la.

Esme parecia que tinha lágrimas de alegria, se ela pudesse tê-las. Os pensamentos dela soavam como um sussurro de uma canção. Uma dança de felicidade e as únicas palaras que consegui captar foram: "Ela é especial, filho".

"Oh bolas, vulgar" Emmett aumentou repentinamente o pensamento, para a próxima televisão antes silibando silenciosamente;
- Tu é que começas-te com isto, por isso lidas agora tu com a Rose.

- Precisas de falar, Edward?; Carlishe perguntou-me num tom que normalmente é usado em pessoas que perderem recentemente a cabeça. Fintei-o inexpressivamente, ignorando o olhar penetrante de Rosalie, a tentar que eu me concentrasse na sua mente. Os mesmos que ele teve na noite, eu o tirei de volta a Port Angeles para lhe mostrar aqueles ... Eu sentia a raiva infiltrar-se dentro de mim ... Aquelas bestas. A minha fúria percorria os meus braços ate ás minhas mãos. Apertei firmemente os punhos, para a impedir de ir mais além. Causando mais algum dano. Apenas justificando o facto que eu não era suficientemente bom para ela.

Tentei ver através da neblina e escutar novamente os pensamentos de Carlishe.

"Edward, ela é especial. Esme também pensa assim. Olha o efeito que ela tem sobre ti", Eu desapertei ligeiramente os punhos. "A mudança que nós todos vemos em ti é absoluta como do dia para a noite. Virar as costas ao que esta a acontecer, agora, só impediria tudo o que és e tudo o que tens trabalhado, filho". Inesperadamente perdi a concentração pelos seus pensamentos e fui embater na mente de Rose. A minha fúria tinha diminuído, ainda que não completamente e ela só fez com que a fúria voltasse em força dentro de mim. Eu rosnei-lhe para as palavras não ditas e o seu sorriso presunçoso e disse-me que era esta a reacção que ela queria provocar em mim, pelos seus doentios pensamentos.
Pensamentos de levar uma vida pura, inocente da rapariga que é apenas perigosa para ela própria.

- Tão típico Rose. Tu deves ...

As minhas palavras ficaram frustradas enquanto eu caia de joelhos e gritava.

- Não! Não. Não, Bella, Não!

O sangue embebeu a sua roupa, enquanto ela permanecia quieta, agora num corpo frio inanimado. Continuando branco. Eu não conseguia parar de olhar. Tapei os olhos com as minhas mãos mas aquela visão ainda estava atormentava e eu soltei mais um grito de agonia da minha boca. A dor era insuportável. Como se o meu coração estivesse a tentar rasgar o meu peito. Como se ele ganhasse vida e começasse a bater apenas só para o sentir desfazer-se dentro de mim. O sofrimento era quase demasiado ... Mais um grito largado da minha boca assim que vi ela ao meu lado. Mãos e lábios ensanguentados. Um sorriso na face do meu mostro.

- Para com isso, Rose; eu ouvi a Alice dizer num tom final.
- Patético; Rosalie respondeu e visões cessaram, ouvi as pegadas dela à medida que saia pela porta. Levantei-me num movimento rápido, flexível e antes de poder segui-la eu senti a mão pesada de Emmett no meu ombro.

- Acalma-te, puto; a voz dele soou baixa e determina. - Eu vou falar com ela.
- Eu não ia falar com ela; sussurrei-lhe.

Alice agora estava ao lado do Emmett e ela lançou-lhe um olhar indiferente. Escarneci para ela mas Emmett já seguia as pegadas de Rosalie, para lá da porta sem me dar uma resposta. Alice virou lentamente o olhar para mim.
- Eu não preciso de adivinhar no que ela estava a pensar; ela sussurrou-me - Mas Edward se tu poderias ...

- Agora não, Alice; eu desprezei-a brutalmente ainda tentava controlar a minha raiva. Voltei o meu calcanhar e lancei-me em direcção às escadas, dei a Carlisle e Esme, um pequeno olhar despedaçado. Dentro de um secundo, eu já estava dentro do meu quarto, ouvir a porta a fechar atrás de mim assim que me dirigi para enorme janela. Eu tentei bloquear todos os pensamentos mas em vez disso eu fui saudado por um intruso desconhecido.
Quase provei o seu sangue, ela enviou o carmim que flui dentro dela, o bruto sussurro vindo de dentro. Neste momento, a minha garganta estava em chamas, eu fechei os olhos, imaginando, agradecer ao veneno que começava a preencher a minha boca.

Eu abri de novo os olhos e apercebi-me que no meu bolso estava a tampa da garrafa conforme eu lhe toquei, eu senti o fogo ir e vir, onde ela tinha tocado na minha mão. Um fogo que eu posso suportar. O calor continua inalterado.

Sem um pensamento de segundos, fui ligar o meu sistema de música, na esperança de drenar os pensamentos sangrentos completamente. Enquanto a musica encheu o quarto eu comecei a cantarolar fora da sintonia. Não, não é fora da sintonia ... A sossegada canção de embalar da linda rapariga a dormir , inundou a minha cabeça com musica.

Não muito longe de a ver novamente. Naturalmente ela não podia saber disto. Eu conseguia imaginar dela se ela descobrisse que eu ando a vê-la a dormir. Ela provavelmente sairia correndo e deixava Forks para sempre. Uma parte de mim esperava isso. Para o seu próprio bem. Apenas para o seu próprio bem.

Houve uma leve batida na porta e antes que eu pudesse dizer-lhe para ir embora Alice entrou. Voltei-me para olhar ela, deslizando a pequena tampa de volta ao bolso.

- Vais vê-la hoje à noite, não vais?; ela disse sombriamente.

Suspirei - O que é que queres, Alice?

Ela sorriu para a minha tentativa fracassada de a afastar.
- Bem ... ; ela começou a andar na minha direcção.

- Eu penso que é bastante injusto que tu continues a guardar a minha futura melhor amiga só para ti; ela lamentou-se.

Eu revirei os olhos e voltei-me para olhar o lado de fora da janela.
- O teu futuro é cada vez mais sólido, Edward; fez uma pausa e continuou - Cada vez que eu tenho uma visão da Bella Swan ser magoada, aquela imagem enublada é rapidamente substituída por uma mais sólida de ela com ... contigo. Sempre contigo.

"Claro, ela estaria comigo. Eu sou o seu protector. Por agora. Por enquanto é justificável", assim eu pensava.

Ou até ela corra de mim, a gritar vai ela, eu pensei menos confiante.

- Alice, o que é que queres?; repeti-lhe a questão, por falta de novas palavras.
- Por agora, nada; ela começou em um tom brincalhão - Eu consigo ver que ainda não estas pronto para isso, ainda; depois a voz dela tornou-se seria - Mas, quanto mais tentas e corres dela, pior consegues. Por isso porque não paras, Edward. Para e aceita ...

- ... Que eu possa matá-la um dia; acabei a frase dela.

- Não!; ela disse num tom mais alto e sarcástico modo.

Eu vi os olhos dela estreitos no reflexo da janela e deixei descair a minha cabeça. Ela estava ao pé de mim, agora.

- Tu não vais faze-lo. E tu sabes-o. Tu já o terias feito se fosse esse o caso, Edward. E eu ia dizer, de modo que tu precisas de aceita-la como parte da tua vida agora.

Eu não tinha palavras para lhe responder.

- E minha; ela acrescentou calmamente.

- Tenho de ir; disse-lhe apressadamente. Eu nem ia esperar pela resposta dela, corri para fora de casa. Atravessava a floresta o mais rápido que podia. Estava a meio do caminho da casa dela quando eu percebi toda a ironia. Eu deveria estar a fugir da Bella Swan. Não a ir na direcção dela. Correndo para bem longe dela. Deixa-la viver a vida que ela valia. Não alterando o seu destino. É como se eu não tivesse controlo de mim. Certo e errado. É tudo caótico. Completamente complicado um com o outro. Apenas como Bella e eu. Dois opostos que estavam juntos. Ela estava certa, bela e pura. Eu estava errado, monstruoso e viciado.

Eu parei os meus pensamentos em frente da casa dela. A minha mente dizia ao meu corpo que cada passo que dava, estava errado, que eu deveria voltar a trás. Mas aquela voz chamava-me para mais perto, tenho de ir ao quarto dela. Calmamente deslizei pela janela e ela, como se soubesse, deu-me uma saudação de chamar levemente o meu nome. Toda a minha felicidade estava de volta. Ela comprou-a dentro dela. Estava presente aqui no quarto dela.

Eu fiquei quieto enquanto esperava por ela dizer o meu nome, vezes e vezes sem conta. Sentia-me como se estivesse em casa.

Isto é errado. Mal. Rosnei.

Eu esperei outro momento antes de a ouvir respirar. Agora relaxado, eu estav em conflito entre ir em direcção dela ou ir para o meu lugar habitual, na cadeira de baloiço.

Não cometerei mais erros, lembrei-me.

A cadeira de baloiço ganhou o conflito. Conforme me sentei, senti o seu perfume em meu redor. Invasão de novo no meu corpo. Mas o odor foi ficando mais fácil, até o mostro já estava tranquilo. Eu queria ir ao pé dela e acariciar-lhe a bochecha. Apenas para sentir o macio da pele quente pela última vez.

E logo novamente pela última vez. E novamente ... Eu senti-me fraco e ganancioso quando cheguei perto dela. Eu só queria mais e eu sabia que não podia ... Não podia controlar-me.

Antes que eu pudesse, eu caminhava para a cama, lentamente e estava no ponto de alcance para acariciar a face dela, quando ela se agitou de novo. Desta vez muito mais do que o habitual.

Ela está acorda!

Lancei-me para o chão e permaneci quieto.

Oh não! Eu acordei-a? Não apenas interferia na vida diária com agora interrompia o sono dela. Sim, eu fui ganancioso.

Estás feliz agora? Pensei para mim furiosamente.

Bella sentou-se em cima da cama e esfregou os olhos. Eu tentei deslizar para debaixo da cama, discretamente, no caso de ela sair. Naquele precioso momento lembrei-me do que a Rosalie tinha dito "Patético".

Isto realmente era patético. Eu nem devia estar aqui.

Eu ouvi-a desistir, caiu de novo na cama e eu muito rapidamente e silenciosamente fui até à sombra mais próxima ao canto do quarto. Eu devia ter ido embora pela janela. Mas por alguma razão lógica eu queria ficar. Bella poderia acordar e ver-me aqui e eu nem estava pensando em deixa-la tão cedo.

Abalei a minha cabeça. Eu pensei que ela precisava de ser internada?

Ela agitou-se novamente em volta da cama. Ela realmente não estava nada pacifica esta noite. Eu queria tanto ficar junto dela. Abraça-la. Tranquilizar qualquer agitação que não a permitia dormir. Mas eu provavelmente só faria pior. Transformar seus sonhos em mim, para pesadelos.

Conforme deve ser. Um monstro como eu não tem lugar em sonhos de criação de um anjo. Eu tinha de deixar o quarto dela, neste preciso momento. Visionei a janela.

- Edward?; ela disse num tom interrogativo. Eu congelei. Será que ela realmente viu-me? Eu sou assim tão descuidado? Ela sussurrou de novo o meu nome e lançou o braço por cima do cobertor e rodeou-se dele com um pequeno sorriso na cara.

Eu estava desfeito.

Dorme minha querida Bella. Dormir. Eu pensei. E deixei as minha costas deslizarem de novo para o lugar em que estava e fiz planos de a ver dormir até o sol me perturbasse.